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OPINIÃO

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Arcane: Riot dá uma "voadora" com crossovers, investimento e muita ousadia

A versão no Fortnite de Jinx, personagem de LoL e protagonista de Arcane - Divulgação/Epic Games
A versão no Fortnite de Jinx, personagem de LoL e protagonista de Arcane Imagem: Divulgação/Epic Games

Colunista do UOL

06/11/2021 04h00

Gostando ou não de games, a chance de você ser impactado com o assunto "Arcane" ao longo deste sábado (6) - e até nos próximos dias - é enorme. A Riot Games não está medindo esforços para promover o anime que estreia hoje na Netflix, baseado em seu jogo mais importante, League of Legends.

Essa verdadeira "blitzkrieg" tem tudo para virar um case de referência no marketing de games pelos próximos anos. Algumas das cidades mais importantes do mundo, como São Paulo, Nova York, Dubai, Tóquio e Paris, exibem em enormes luminosos e outdoors aquele que promete ser um dos passos mais importantes na trajetória da Riot - sua entrada formal na criação de séries e filmes.

As iniciativas envolveram até empresas concorrentes, suscitando a questão: até que ponto rivais no mercado podem se ajudar por um objetivo em comum?

Os crossovers do League of Legends com Fortnite e PUBG Mobile são movimentos que tiram qualquer publisher da zona de conforto. E, afinal, por que não tornar a Jinx, personagem do LoL, ativável dentro do battle royale da Epic? A Riot não tem nenhum jogo desse gênero até o momento e também não acena nessa direção.

Tomar espaços, gerar relações amigáveis e se mostrar aberta ao diálogo são atitudes dignas de um lançamento gigante como Arcane.

Os mais conservadores diriam que a série animada, por si só, já faria barulho sozinha - e que o LoL já é grande o suficiente para não depender de tais parcerias. Porém, pensar dessa forma seria retrógrado. Nada é mais dinâmico e agitado que o mercado de eSports. Ousar é a melhor forma de fazer barulho. Basta uma rápida passada nas redes sociais para entender como a ação da Riot foi recebida por todas as comunidades - gerando surpresa e interesse.

Ao se aliar com PUBG Mobile e com Fortnite, a empresa atacou frentes importantes para o seu próprio futuro. Há alguns meses, a Riot lançou o Wild Rift, o League of Legends adaptado para os celulares. Com Arcane, adentra, de uma vez por todas, a cultura pop. Basta ver as referências: absorver conhecimento de todos os lados e aplicar à própria realidade é algo muito mais difícil de fazer do que parece, mas quando funciona... O tiro é certíssimo.

O ensinamento, aliás, já deveria ter sido herdado dos esportes "tradicionais". Na maioria das vezes em que clubes se uniram em prol de um bem maior, o resultado foi bom: vide a Premier League, na Inglaterra, ou qualquer liga americana, como NFL e NBA. Obviamente, toda equipe, assim como toda publisher, tem seus objetivos e quer estar em primeiro lugar. Porém, saber lutar junto com o adversário quando necessário é uma dádiva.

Para quem ainda prefere a tensão de uma boa rivalidade, deixe isso para os times de eSports. Ainda neste sábado, às 9h (horário de Brasília), DWG KIA e EDward Gaming decidem o Worlds 2021, o campeonato mundial de League of Legends. À noite, quando o relógio marcar 23h, será a hora de Arcane invadir as telas e, muito provavelmente, se tornar uma das produções mais assistidas da história da Netflix.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL