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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Já podemos sonhar com a volta do público no Esport? Tudo indica que sim

Final do Brasileirão de Rainbow Six Siege 2021 em São Paulo - Saymin Sampaio/Ubisoft
Final do Brasileirão de Rainbow Six Siege 2021 em São Paulo Imagem: Saymin Sampaio/Ubisoft

Colunista do UOL

10/12/2021 04h00

No futebol, arquibancadas cheias de torcedores emocionados com a vitória do seu time de coração está voltando a ser rotina. Tudo indica que, em 2022, a gente também vai matar essa saudade, de uma vez por todas, nos eSports. No último fim de semana, tivemos uma amostra disso na final do Brasileirão de Rainbow Six Siege, vencida pela Team Liquid. Mais de 700 pessoas acompanharam presencialmente o evento na Max Arena, em São Paulo (foi obrigatório uso de máscara e apresentação da carteira de vacinação completa - duas doses).

Que grande alívio é voltar a contar com o calor dos fãs nos eventos. Torcedores são a alma de qualquer competição. A experiência de acompanhar um torneio (qualquer um!) com a presença passional do público é completamente diferente.

Com o avanço da vacinação (principalmente em São Paulo, onde está sediada a maioria das publishers e onde ocorre grande parte dos campeonatos), a tendência é que, na próxima temporada, teremos uma disputa para ver quem faz a festa mais bonita nos estúdios.

No momento em que esse texto é escrito, mais de 35 milhões de pessoas já receberam as duas doses da vacina ou a dose única em SP - o que equivale a 76% da população do estado. No Brasil, mais de 137 milhões de pessoas já foram totalmente imunizadas. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Depois dessa final do BR6 e da confirmação de que o CBLOL também receberá torcedores, podemos esperar um "efeito dominó do bem". As publishers sempre buscarão ir além do que as respectivas rivais estão fazendo.

Quem ganha com isso é o fã, ávido por voltar a ver seus ídolos presencialmente e acompanhar eventos à altura do seu fanatismo.

A venda de ingressos para torcedores em todas as rodadas do CBLOL certamente sinaliza uma expansão para outros games da Riot que ainda dão seus primeiros passos no cenário competitivo, como VALORANT e Wild Rift. É de se supor que eles criarão público suficiente para encher arena em muito menos tempo que o "irmão mais velho" League of Legends, que começou "quando tudo ainda era mato".

Será interessante observar também como a Garena irá se posicionar. Em 2019, tivemos um pequeno gosto da interação entre público e equipes na final do Mundial de Free Fire, vencida pelo Corinthians no Rio de Janeiro. O grande desafio da publicadora em 2022 será valorizar seu estilo democrático e agregador, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde o jogo tem uma enorme penetração.

Não é exagero dizer que 2022 deve marcar uma nova era para o esporte eletrônico brasileiro. Obviamente, a segurança e a saúde de todos sempre estarão em primeiro lugar, e deveremos nos adaptar de acordo as circunstâncias. Mas já podemos nos permitir sonhar com ótimos dias de arquibancada e um mundo cada vez mais de olho no que estamos fazendo por aqui no Brasil.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL