Depois da época conturbada do começo dos anos 2010, quando grandes franquias de terror como "Resident Evil" e "Silent Hill" se viram desconjuntadas, sem rumo e sem identidade, restou aos independentes resgatar o terror. A perspectiva em primeira pessoa tem sido cada vez mais usada para colocar jogadores no papel de infelizes protagonistas de histórias horrorosas, da loucura subaquática de "SOMA" às visões sobrenaturais de "Visage", bem diferente aquela proposta de carnificina e tiroteio de obras quintessenciais como "Doom" e "Quake". Há espaço para todo tipo de abordagem, com histórias macabras e controversas em visual novels, como a vista em "Saya no Uta", ou de uma perspectiva mais primordial a videogames, lateral e em pixel, quase adventure, como "The Cat Lady" ou "Lone Survivor". O horror de Lovecraft nunca esteve tão em alta, e produções como "The Sinking City", "Moons of Madness" e "Darkwood" são prova contundente, ramificando o horror em diversos subgêneros. Até mesmo ao levar franquias do cinema aos videogames, e de forma bem sucedida e inusitada, como foi o caso do recente "Blair Witch", pelas mãos da Bloober Team, de "Layers of Fear". O futuro para o terror em videogames é tão infinito quanto a grandeza cósmica de Seres Ancestrais dos Mitos de Cthulhu.