Nova Geração: Xbox Series

Xbox Series X e Xbox Series S querem mudar a forma de encarar a evolução dos videogames

Bruno Izidro, Kika Martini e Thaime Lopes Do START e colaborações para o START

A Microsoft foi quem começou a nova geração de videogames em 2020, e fez isso quebrando as ideias que tínhamos do que seria uma "next gen" —e bem no meio de uma pandemia.

Com o modelo de entrada Xbox Series S, mais barato e totalmente digital, e o Xbox Series X, premium, topo de linha, já temos um cenário bem diferente do que víamos no passado: é hora de mais opções para perfis mais diversos de jogadores.

Neste guia, o START entra de cabeça nas caixas pretas e brancas da Microsoft para registrar a virada tecnológica e também decifrar o que nos espera no futuro.

Trazemos um olhar mais detalhado das duas máquinas, com o que elas têm a oferecer em hardware e games, além de um "hub" de conteúdo reunindo análises, vídeos e entrevistas.

Prepare-se, porque há muito a se mostrar, discutir e, é claro, jogar com os novos Xbox Series.

Não confunda: Series S vs. Series X

  • Xbox Series S

    Modelo de entrada: Sem drive de disco, menos potente, 60% menor e com menos armazenamento interno

    Imagem: Mariana Pekin/UOL
  • Xbox Series X

    Modelo Premium: Com drive de disco, jogos em resolução 4K e maior armazenamento interno

    Imagem: Mariana Pekin/UOL

Por que tantos TERAFLOPS?

Desde o lançamento do Xbox One X, em 2017, a Microsoft usa os teraflops como parâmetro de "potência" dos seus consoles. O Xbox One X oferece seis teraflops, contra 12 do novíssimo Xbox Series X. Mas o que esse termo quer dizer de verdade?

Flop é uma sigla em inglês que significa "floating points operations per second" (pontos de flutuação por segundos, em tradução livre), e representa de forma mais eficaz o desempenho dos processadores.

Normalmente, a unidade é mais usada como medida para as GPUs (placas gráficas) e isso não é diferente nos consoles, já que esse é um dos componentes centrais dos Xbox Series.

Apesar da importância do flop, ele não é o único indicativo da potência do console. Memória, CPU, arquitetura e todos os outros elementos também influenciam no "poder" da máquina.

Isso é bem fácil de observar quando comparamos a medida de flops do Xbox Series S (quatro teraflops) e do Xbox One X (seis teraflops). Significa que o console da próxima geração é pior que seu antecessor? Não necessariamente.

O Series S pode ter menos teraflops de GPU, mas tem o SSD, arquitetura Xbox Velocity, suporte a Ray Tracing e toda uma arquitetura mais moderna e construída para a próxima geração. Mesmo com menos teraflops, ele roda jogos que demandam mais que os do Xbox One X.

Por falar em GPU, o componente também chega com tecnologia mais avançada e de ponta no Xbox Series, até mesmo em relação ao mercado de PC, por causa da inédita arquitetura RDNA 2, da AMD, que foi inaugurada junto dos consoles da Microsoft.

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Review: Xbox Series S - O pequeno prodígio da Microsoft

A primeira impressão ao pegar um Xbox Series S é que ele é pequeno e leve. Muito pequeno e muito leve.

O design simples, que se aproveita da ausência de uma entrada para discos, e a cor branca também chamam a atenção, e logo você pensa: "não é possível que ele seja capaz de tudo que falam, mesmo sendo tão pequeno." Mas ele é.

Para quem, assim como eu, está acostumado com a primeira versão do Xbox One, o novo console vai, definitivamente, provar que tamanho não é documento.

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Xbox Series S: Unboxing e detalhes do novo videogame da Microsoft

Xbox Velocity

Arquitetura de design interna dos Xbox Series é a responsável por jogos ambiciosos. Baseada em quatro pilares:

Divulgação/Microsoft

SSD

Essa é primeira geração de consoles a trocar os discos rígidos, que estreou justamente com o primeiro Xbox, em 2001, pelo armazenamento em estado sólido (SSD). O principal impacto é no tempo de carregamento dos jogos. Por isso, o SSD NVMe de 2,4Gb/s também é a base do Xbox Velocity.

Divulgação/Microsoft

Algoritmos de descompressão

A Microsoft criou um bloco de hardware dedicado a descompressão de conteúdo dos games e um novo algoritmo (BCPack) feito especialmente para as texturas. Com essa tecnologia, os pacotes dos jogos ficam menores, e o processo de leitura do SSD para a memória fica mais eficiente.

Divulgação/Microsoft

New Direct Storage API

Nova ferramenta que dá ao desenvolvedor mais controle dos dados sendo transmitidos entre SSD e memórias. Sabe os famosos efeitos de "pop-in", em que os objetos aparecem do nada nos cenários enquanto você joga? Este recurso promete acabar com isso.

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Sampler Feedback Streaming

Esta ferramenta permite que o desenvolvedor possa carregar apenas os elementos e partes de textura que precisa, sem desperdiçar com os que não for necessário naquele momento do gameplay. O processo usa menos memória e libera espaço para enriquecer os jogos.

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Review Xbox Series X - O videogame mais poderoso do mercado

O Xbox Series X é uma máquina que faz coisas incríveis com games que já existem, mas não há quase nada que possa demonstrar o verdadeiro potencial dele.

Quase nada.

E é nesse detalhe que está o vislumbre do que o aparelho pode significar para o futuro dos jogos, como o recurso de 120 quadros por segundos.

Leia a análise completa.

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Xbox Series X: Design, tamanho, primeiras impressões

As principais dúvidas sobre Xbox Series

  • 1

    Jogos rodam a 120 fps?

    Sim. Porém, para conseguir jogar a 120 quadros por segundos é preciso uma TV ou monitor com HDMI 2.1.

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  • 2

    O Controle funciona no celular?

    Sim, com conexão bluetooth. Porém, nem todos os jogos mobile reconhecem normalmente o controle.

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  • 3

    É possível jogar games de um HD externo?

    Sim, mas os games não rodam com as melhorias proporcionadas pelos novos consoles.

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  • 4

    Quantos jogos cabem no Series S?

    Depende do tamanho dos jogos. No máximo, conseguimos instalar até 10 games.

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Bruno Motta

Gerente Sênior de Xbox no Brasil fala sobre o lançamento da nova geração

START: Por que alguém deveria escolher um dos dois Xbox em vez do PlayStation na nova geração?

Com Xbox, trazemos como grande diferencial a retrocompatibilidade. A sua biblioteca de jogos te acompanha na nova geração, então a gente entende que cada jogador só deveria pagar por um jogo uma única vez. Já chegamos na nova geração com milhares de jogos de todas as gerações Xbox, então isso é um benefício gigantesco. Outra vantagem é a compatibilidade de acessórios do Xbox One, que funcionam na nova geração e vice-versa.

START: Por causa da pandemia, houve algum momento em que vocês pensaram em não lançar os consoles no Brasil em 2020?

Desde 2018 a gente já comentava que o nosso plano era lançar no Day 1, junto com o resto do mundo. Foi bastante mais desafiador, e ao longo do tempo tivemos que montar plano A, B, C, D, E e por aí vai, além de uma série de planos de contingência para resolver as dificuldades que foram aparecendo.

De uma forma geral, lançamento é sempre um momento que tem muitas variáveis que a gente não controla. Do nosso lado, o que fizemos foi, sabendo das condições que o mundo está passando, como a gente se organiza e planeja? Por isso temos outros planos, para quando algo desse errado, e fomos ajustando isso conforme o ano foi evoluindo.

Mas tudo só isso deixa um gostinho ainda melhor para a gente de conseguirmos chegar aqui no Brasil junto com a data do global.

START: Existem planos de voltar a fabricar os consoles aqui no Brasil?

Nós sempre reavaliamos nossos modelos de negócios, inclusive esse é o meu principal papel dentro da Microsoft. Então a cada 2, 3 meses a gente tem um comitê que reavalia e toma a melhor decisão. A nossa principal preocupação agora é garantir que a gente tenha a melhor proposta de valor possível para o consumidor. Se isso significar produzir no Brasil, ou importar ou trabalhar via streaming, vamos seguir nesse modelo de negócio.

START: Muito se tem falado sobre o pequeno espaço de armazenamento do SSD do Xbox Series S (368GB útil). Por que você acha que o console ainda pode ser uma boa escolha para os jogadores?

Temos o privilégio de ter começado nosso projeto de nova geração já pensando em dois consoles diferentes, então já pensamos em ter essa proposta de valor diferenciada: o console mais poderoso do mundo (Series X) e o Series S, com o benefício de entregar tudo que há de melhor na nova geração, mas em um formato mais compacto e sendo mais acessível para o consumidor.

Para a gente fazer essa visão e estratégia, precisamos tomar algumas decisões inclusive de custo. O SSD, conforme a tecnologia for evoluindo e barateando, ele vai fazer mais sentido. Mas, nesse momento, tivemos que tomar a decisão de reduzir o tamanho do espaço do Series S para garantir que chegássemos a um preço mais acessível.

Além disso, o que estamos vendo é que na nova geração há uma tecnologia de compressão de dados e os jogos estão ficando consideravelmente menores, principalmente no Series S.

Os jogos de Xbox Series

Reprodução Reprodução

Sem exclusivo? Vai de Game Pass!

Para a decepção de muitos, os Series X|S chegaram sem novidade exclusiva, aquele jogo único para mostrar do que a nova geração pode ser capaz, já que Halo Infinite foi adiado para 2021.

No lugar disso, a Microsoft tem uma bela carta na manga: o Xbox Game Pass, serviço de assinatura de jogos. Ele já desempenha um papel importante, e agora vai ser essencial para a arrancada dos novos videogames.

Se não há títulos exclusivos, tudo bem: com uma assinatura mensal, você troca essa exclusividade por acesso a mais de 100 títulos.

A possibilidade de o Game Pass agradar qualquer tipo de jogador é enorme porque o catálogo oferece jogos de tiro, corrida, arcade, indie, ação... basta escolher.

Quem adquirir o Series X ou S no lançamento e tiver a assinatura do Game Pass vai poder jogar games como Monster Hunter World, The Witcher 3, Destiny 2, Doom Eternal, além dos próprios jogos da Microsoft, como Gears 5, Forza Horizon 4 e Ori and the Will of the Wilsp. Isso não é algo a ser ignorado.

Para agregar ainda mais valor ao serviço nessa época, o Game Pass agora também tem os games da EA Play. O que isso significa? Acesso a FIFA e franquias como Need for Speed e Battlefield sem pagar nada a mais.

O Game Pass é fundamental para a nossa estratégia de entregarmos jogos em diversas plataformas: console e PC. Aqui no Brasil, sabemos que é muito importante o valor da assinatura caber no bolso, e por isso que caiu no gosto dos jogadores.

Bruno Motta, Gerente Sênior de Xbox Brasil

Jogos de lançamento do Xbox Series

  • Assassin's Creed Valhalla

    O novo game da série acontece no período das invasões viking no final do século IX e abraça de vez o gênero de RPG de ação. O enorme mundo aberto tem exploração, batalhas, raids e desafios escondidos pelo mapa.

    Imagem: Divulgação/Ubisoft
  • Devil May Cry V: Special Edition

    O quinto jogo da série continua com muito ação hack n' slash protagonizada por Dante, Nero e V. A edição especial traz Vergil como boneco jogável, novos modos e ainda suporte a Ray Tracing e 120 fps.

    Imagem: Divulgação/Capcom
  • Dirt 5

    Sequência da série de corrida off-road com pistas na lama, asfalto e até gelo, com direito a cenário no Rio de Janeiro e outros locais do mundo. O game também é um dos primeiros a terem suporte a 120 fps.

    Imagem: Reprodução
  • Gears Tactics

    Ação tática por turnos, ao estilo XCOM, mas sem deixar a brutalidade e o ritmo frenético que marcaram a série. A versão de consoles também traz algumas novidades, como o robô Jack como personagem jogável, novos inimigos e equipamentos.

    Imagem: Divulgação/Microsoft
  • Observer System Redux

    Versão refeita para a nova geração de um game de Xbox One sobre investigação cyberpunk, com direito a invasão de mentes. Entre as novidades da nova edição estão suporte para melhorias visuais em HDR e Ray Tracing.

    Imagem: Divulgação/Bloober Team
  • Yakuza: Like a Dragon

    Exclusivo temporário de Xbox Series na nova geração, o novo Yakuza apresenta também um novo protagonista, Ichiban Kasuga, que é enganado pelo líder da sua família. O jogo também mudou de gênero e agora é um RPG.

    Imagem: Divulgação/Sega
  • The Falconeer

    Em um mundo coberto por água e cheio de ilhas, pessoas usam grandes falcões para se locomover e batalhar. Focado principalmente em combate e exploração, ele também roda a 120 fps na nova geração.

    Imagem: Divulgação/Wired Productions
  • Tetris Effect: Connected

    Tetris é Tetris, né? Mas essa nova versão traz inéditos elementos on-line, além de manter a experiência de som e visual únicas que reinventaram o clássico de maneira criativa quando foi lançado originalmente, em 2018.

    Imagem: Divulgação/Enhance Experience
  • Bright Memory 1.0

    Um jogo que mistura tiro em primeira pessoa com ação e elementos de outros gêneros, tudo em um ambiente de futuro distópico. Os jogadores também enfrentam tanto forças militares quanto criaturas sobrenaturais.

    Imagem: Divulgação
Mariana Pekin/UOL Mariana Pekin/UOL
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