A Vida Gamer de Fagundes

Conversamos com o ator sobre sua paixão por videogames, The Last of Us e frustração com PlayStation

Bruno Izidro Do START, em São Paulo Carla Borges/UOL

Falar o nome de Antônio Fagundes é lembrar do seu papel como Bruno Mezenga, na novela O Rei do Gado, ou do caminhoneiro Pedro e do meme "É uma cilada, Bino!", da série Carga Pesada.

Foi só recentemente que ele começou a ser associado também com videogames, um lado até então desconhecido do ator, e um hobby que divide com a leitura.

Inclusive, foi rodeado por uma estante cheia de livros, das quais certamente já devorou a maioria, que Fagundes conversou com START e declarou seu amor aos jogos eletrônicos: "Quem joga entende perfeitamente que é apaixonante, uma coisa realmente envolvente".

Na conversa, ele deixou um pouco de lado o artista que se tornou um dos maiores nomes da televisão brasileira. No lugar, sua faceta gamer tomou o palco.

E Antônio Fagundes tem muito o que falar (e até reclamar) da sua vida como jogador, que já dura mais de dez anos e passou por três gerações de PlayStation.

Confira o bate-papo exclusivo

Sua carreira nos games

  • Primeiro videogame foi um PS2

    Imagem: Reprodução
  • Atualmente tem um PS3 e PS4

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  • Prefere jogos em terceira pessoa

    Imagem: reprodução/Naughty Dog/Sony
  • Joga uma vez por semana

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Arte/UOL

The Last of Us 2: o jogo nota 10

A obra da Naughty Dog é o atual vício de Antônio Fagundes, um game que o prendeu pela narrativa, personagens e desafios.

Eu acho que esse é um dos critérios pra saber se o jogo é interessante ou não: se ele te leva adiante, te propõe novos desafios, e com uma dramaturgia nesses desafios, pra você ficar envolvido

O ator, atualmente com 72 anos, também revelou que aceitaria interpretar o protagonista Joel caso surgisse uma oportunidade como a adaptação que está sendo produzida pela HBO. No game, o personagem está próximo dos 50,

E aí, quem interpretaria melhor Joel: nosso Fagundão ou Pedro Pascal, escalado para a série americana?

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PlayStation: uma relação de amor e ódio

"Eu fiquei bastante irritado com o PlayStation, porque quando veio o PS3 a gente não conseguia jogar os jogos de PS2 nele (...) e os jogos que tenho do [PlayStation] 3 eu não consigo ler no [PlayStation] 4".

Fagundes mostra que é gamer como a gente, e a reclamação dele faz coro a um pedido antigo de muitos jogadores por retrocompatibilidade nos consoles da Sony - o que foi resolvido (e só em parte) no PS5.

Apesar da frustação, ele sempre teve PlayStation em casa.

Começou no PS2, que ele comprou depois de tanto ver os filhos jogando. Essa curiosidade fez o ator ficar viciado no primeiro God of War, que ele adquiriu com o console.

De lá pra cá Fagundes se tornou um verdadeiro "sonista", e é só elogios aos outros jogos exclusivos da marca, como a "grande aventura" da série Uncharted.

Além disso, o próximo game que pretende jogar depois de terminar The Last of Us 2 também é feito pela Sony: Days Gone.

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Eu gostei do God of War 4, mas confesso que gostava mais dos outros (...) Eu não gostei da relação com o menininho [Atreus]; preferia ele [Kratos] sozinho

Antônio Fagundes , Ator e fã de Kratos das antigas

Os games que ele já zerou

  • God of War

    Estúdio Santa Monica, 2005 (PlayStation 2)

    Imagem: Divulgação/Sony
  • Uncharted: Drake's Fortune

    Estúdio Naughty Dog, 2007 (PlayStation 3)

    Imagem: Divulgação/Sony
  • Uncharted 2; Among Thieves

    Estúdio Naughty Dog, 2009 (PlayStation 3)

    Imagem: Divulgação/Sony
  • Uncharted 3: Drake's Deception

    Estúdio Naughty Dog, 2011 (PlayStation 3)

    Imagem: Reprodução
  • The last of Us

    Estúdio Naughty Dog, 2013 (PlayStation 3)

    Imagem: Divulgação/Sony
  • Uncharted 4: A Thief's End

    Estúdio Naughty Dog, 2016 (PlayStation 4)

    Imagem: Divulgação

Podcast Game Trends Especial

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Cinema x Videogame

Não é à toa que Antônio Fagundes gosta tanto de The Last of Us, um jogo que usa e abusa de técnicas cinematográficas e de roteiro para envolver os jogadores.

"Dá até um medo pra nós, atores, porque a gente percebe que, daqui a pouco, não vão precisar mais da gente, né?", ele brinca.

Com mais de 50 anos de carreira e uma década como jogador, o artista também percebeu a evolução dos videogames como uma mídia nos últimos anos: cenografia, direção de arte, edição. Tudo o impressiona nos games de hoje.

"Você vê o cinema já imitando a linguagem do videogame, buscando ângulos que o videogame criou e desenvolveu. Então, essa conversa entre os veículos tá sendo muito rica pra todo mundo".

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