The Last of Us tem um cenário pós-apocalítico causado pela infecção de um fungo, o Cordyceps, que não foi inventado pelo jogo: ele existe de verdade e pode ser encontrado no Brasil.
Assim como no game, o fungo é um parasita que controla o hospedeiro, dando um aspecto de cogumelos que se proliferam pelo corpo da vítima.
O doutor em Biologia de fungos Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos contou ao START como o Cordyceps pode ser mortal:
"Quando a gente fala de Cordyceps, não só falamos de matar, mas de um fungo altamente especializado que altera os comportamentos da vítima e faz com que procure lugares específicos para morrer. Lugares com potencial adequado para o fungo produzir esporos e manter o seu ciclo de vida", explica Elisandro.
Ou seja, as áreas no jogo cheias de fungos nas paredes e esporos foram baseadas nesse processo.
A grande diferença da ficção é que, na vida real, o Cordyceps só ataca insetos como vespas, formigas e aracnídeos, como aranhas. Já nós, humanos, temos um sistema imunológico hostil a eles. Ufa!
Em The Last of Us, o surgimento de um novo tipo de fungo faz com que humanos sofram da Infecção Cerebral de Cordyceps (CBI, na sigla em inglês). As pessoas são infectadas pela mordida ou pelos esporos, transformando-se em "zumbis" e suas evoluções.
Mas, e se algo acontecesse assim de verdade? O biólogo faz uma comparação com a situação de pandemia causada pelo novo coronavírus agora em 2020.
Se aparecesse um fungo capaz de atacar seres humanos, levando como um paralelo da Covid-19, seria impactante e bem brutal
Ainda assim, ele conclui que, aos poucos, apareciam pessoas que "tolerariam" a presença do fungo, assim como acontece com Ellie no game, já que ela é imune à infecção.