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Classificação etária pode ser obrigatória no Reino Unido

11/02/2008 17h11

De acordo com uma nota publicada no site GamesIndustry.biz, que cita o jornal The Guardian, o governo do Reino Unido está estudando uma forma de tornar obrigatória a classificação etária, em vez de apenas ser uma restrição. O intuito é manter as crianças e jovens de jogos que não são apropriados para sua idade.

Assim, passaria a ser ilegal vender títulos classificados para uma faixa etária àqueles que não comprovarem ter a idade mínima para o jogo, assim como acontece com os filmes.

Hoje, o sistema de classificação no Reino Unido é apenas uma restrição, uma indicação para os pais ou responsáveis decidirem a adequação do produto ao menor. O mesmo procedimento é adotado nos Estados Unidos e Japão, com exceção dos títulos somente para maiores de 18 anos, que só podem ser vendidos para pessoas dessa faixa etária. Além disso, esses títulos, como os filmes pornográficos, devem ficar numa seção reservada da loja.

Os governantes do Reino Unido também querem "recomendar" mecanismos de bloqueio para proteger as crianças de serem expostas a jogos, emails e sites inapropriados. As discussões já começaram com provedores de internet, segundo o jornal.

No Brasil, a classificação do Ministério da Justiça também é uma recomendação. Antes de ser proibido, "Counter-Strike" era "inapropriado para menores de 18 anos". Em 17 de janeiro, o Procon de Goiás começou a apreensão do game (e também de "EverQuest"), com base na decisão proferida pelo juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais.

Em aparente alusão ao mapa "cs_rio", fase criada por usuários e ambientada numa favela brasileira, "Counter-Strike" é descrito como um jogo em que "traficantes do Rio de Janeiro seqüestram e levam para um morro três representantes da Organização das Nações Unidas". Para o juiz, os jogos "trazem imanentes estímulos à subversão da ordem social, atentando contra o estado democrático e de direito e contra a segurança pública, impondo sua proibição e retirada do mercado".
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