Em reestruturação, SCi demite 25% e cancela 14 projetos
A companhia disse que planeja operar com um quadro de no máximo 800 funcionários, reduzindo em um quarto seu total de empregados. A direção decidiu cancelar 14 projetos que foram considerados de risco, e possivelmente não gerariam um retorno aceitável do investimento ou porque simplesmente lhes faltavam qualidade.
A SCi anunciou seus planos de reestruturação após sofrer um prejuízo de 81,4 milhões de libras esterlinas (US$ 161,6 milhões) em suas operações no último semestre de 2007 (1º de julho a 31 de dezembro), comparado a um prejuízo de 17,9 milhões de libras esterlinas (US$ 35,5 milhões) no mesmo período em 2006.
"A SCi está precisando de mudanças imediatas", diz Phil Rogers, executivo-chefe da companhia. "Seguindo nossa revisão de negócios pelas últimas seis semanas, estamos iniciando um plano claro de ação baseado em três princípios fundamentais de atividade: uma mudança radical em nossa estrutura, um programa de cima para baixo de melhora e eficiência de produto e um plano de redução considerável de custos".
"Para colocar a SCi nos trilhos, temos que agir rapidamente e efetuar as mudanças de forma ágil. Nós devemos permitir que as pessoas de classe mundial que temos em nosso grupo foquem em títulos fortes e lucrativos que criarão o valor que nossos acionistas merecem", continua.
A empresa planeja mudar de um modelo de desenvolvimento e publicação com controle centralizado para um negócio independente guiado por estúdios focando em produtos fundamentais como "Tomb Raider", "Hitman", "Championship Manager" e "Deus Ex".
"Estamos criando uma unidade de negócios 'third party' para gerenciar a criação e o fornecimento efetivos de novos jogos empolgantes como 'Just Cause 2'. Desenvolvedores independentes ainda serão uma parte importante de nossos negócios", disse a companhia.
Jogos casuais e para celulares serão lançados sob o novo selo "Eidos Play", enquanto os serviços de produção, que incluem localização e controle de qualidade, serão transferidos de Londres (Inglaterra) para Montreal (Canadá) para que a equipe fique mais próxima dos jogos enquanto a empresa se beneficia dos custos menores de operação de Montreal.
A companhia também diz que vai cortar seus custos anuais de operação em 14 milhões de libras esterlinas (US$ 27,8 milhões) até o final de junho deste ano, sendo sete milhões de libras esterlinas (US$ 13,9 milhões) de uma só tacada. "O conselho está revendo o capital requerido para a implementação da estratégia revisada. Esse montante não foi finalizado ainda, mas é estimado entre 45 milhões e 55 milhões de libras esterlinas [US$ 89 milhões e US$ 109 milhões], muito acima do atual limite de crédito de 20 milhões de libras esterlinas [US$ 40 milhões]", disse a SCi.
A companhia não descarta ser adquirida por outros grupos ou vender algumas de suas franquias. "Nesse momento, a direção não está encorajando ofertas pela companhia, mas, em uma indústria em consolidação, qualquer oferta sensível pela companhia ou proposta por valores precisos por algumas das propriedades intelectuais do grupo serão consideradas dentro do contexto das alternativas", concluiu a empresa.
Logo após essa revelação, surgiram boatos de que a Eidos estaria fechando ou vendendo a Pivotal Games, o estúdio por trás de "Conflict: Denied Ops". De acordo com o site Develop, relatos não-oficiais e não-confirmados vem sugerindo que a SCi já estaria negociando esse estúdio, que não faz parte do atual foco de desenvolvimento da empresa.
O grupo SCi ainda inclui a distribuidora Eidos e os estúdios Crystal Dynamics, Io Interactive, Beautiful Game Studios, Eidos Studios Hungary, Eidos Studios Sweden, Pivotal Games e Eidos Montreal.
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