Para leitores, elogiar o concorrente não é errado
Phil Harrison saiu da Sony após criticar a divisão japonesa da companhia
A Sony Computer Entertainment (SCE) anunciou recentemente o pedido de demissão de Phil Harrison da companhia, o qual ocupava o cargo de presidente da Sony Worldwide Studios, que agora é de responsabilidade de Kaz Hirai, também presidente-executivo da Sony Computer Entertainment.
A notícia surgiu após Harrison criticar em entrevista a divisão japonesa da Sony Computer Entertainment, dizendo que os executivos orientais demoraram a perceber o fenômeno dos jogos sociais e que o Wii acabou tomando esse espaço. Harrison também disse que "Wii Sports", para Wii, tem a "verdadeira idéia" de um jogo de próxima geração. Nesta terça-feira (4) a Infogrames confirmou a contratação de Harrison como presidente e diretor-geral.
Não é a primeira vez na indústria dos games que um profissional enfrenta problemas após demonstrar insatisfação com as resoluções e estratégias adotadas pela empresa na qual trabalha: no final de 2007, o designer Harvey Smith foi demitido da Midway após criticar duramente o processo de desenvolvimento de "BlackSite: Area 51", do qual ele mesmo participara. Outro caso similar aconteceu no começo de 2005, quando o artista Josh Robinson foi demitido da Sony Online Entertainment por elogiar o Xbox 360 em seu blog pessoal.
Com o assunto novamente surgindo à tona, perguntamos aos usuários do Fórum UOL Jogos o que eles acham da postura do profissional que elogia os produtos e serviços de uma empresa concorrente ou expõe seu descontentamento com a própria companhia. Para 82% dos mais de 200 participantes, a prática não é errada.
"Não acho que falar bem de um concorrente seja falta de ética, mesmo em público", disse o usuário bloo. "Quando se tem segurança no seu próprio produto e certeza que ele é tão bom ou melhor que o do concorrente, não há nada demais em elogiar a outra parte".
Compartilhando da mesma opinião, eeprom diz que "é muito comum, não apenas na indústria dos games, empresas se espelharem nos concorrentes para desenvolver seus produtos, comparando-os para dessa forma se aperfeiçoar".
Para o usuário neoPS2X, a prática é prejudicial, "por que estamos numa época de disputa feroz no mercado, onde pequenas coisas podem definir os rumos. Elogios desnecessários aos adversários podem influenciar os consumidores indecisos no momento da compra tanto de hardware quanto software".
Em relação à demissão de Phil Harrison, alguns acreditam ainda que a postura "anti-ética" foi a do próprio executivo, e não da Sony. "Não vejo problemas em elogiar um concorrente - claro, buscando sempre superá-lo - mas lavar roupa suja na frente de todos é algo complicado", disse o usuárioShinji kun. "Isso causa descrença mediante o público, enfraquecendo a imagem da companhia em que ele mesmo trabalha. Se ele tinha problemas com outras divisões da Sony, não era para escancarar a situação à imprensa, e sim tratá-los internamente. Não é à toa que deixou o grupo".
A notícia surgiu após Harrison criticar em entrevista a divisão japonesa da Sony Computer Entertainment, dizendo que os executivos orientais demoraram a perceber o fenômeno dos jogos sociais e que o Wii acabou tomando esse espaço. Harrison também disse que "Wii Sports", para Wii, tem a "verdadeira idéia" de um jogo de próxima geração. Nesta terça-feira (4) a Infogrames confirmou a contratação de Harrison como presidente e diretor-geral.
Não é a primeira vez na indústria dos games que um profissional enfrenta problemas após demonstrar insatisfação com as resoluções e estratégias adotadas pela empresa na qual trabalha: no final de 2007, o designer Harvey Smith foi demitido da Midway após criticar duramente o processo de desenvolvimento de "BlackSite: Area 51", do qual ele mesmo participara. Outro caso similar aconteceu no começo de 2005, quando o artista Josh Robinson foi demitido da Sony Online Entertainment por elogiar o Xbox 360 em seu blog pessoal.
Com o assunto novamente surgindo à tona, perguntamos aos usuários do Fórum UOL Jogos o que eles acham da postura do profissional que elogia os produtos e serviços de uma empresa concorrente ou expõe seu descontentamento com a própria companhia. Para 82% dos mais de 200 participantes, a prática não é errada.
"Não acho que falar bem de um concorrente seja falta de ética, mesmo em público", disse o usuário bloo. "Quando se tem segurança no seu próprio produto e certeza que ele é tão bom ou melhor que o do concorrente, não há nada demais em elogiar a outra parte".
Compartilhando da mesma opinião, eeprom diz que "é muito comum, não apenas na indústria dos games, empresas se espelharem nos concorrentes para desenvolver seus produtos, comparando-os para dessa forma se aperfeiçoar".
Para o usuário neoPS2X, a prática é prejudicial, "por que estamos numa época de disputa feroz no mercado, onde pequenas coisas podem definir os rumos. Elogios desnecessários aos adversários podem influenciar os consumidores indecisos no momento da compra tanto de hardware quanto software".
Em relação à demissão de Phil Harrison, alguns acreditam ainda que a postura "anti-ética" foi a do próprio executivo, e não da Sony. "Não vejo problemas em elogiar um concorrente - claro, buscando sempre superá-lo - mas lavar roupa suja na frente de todos é algo complicado", disse o usuárioShinji kun. "Isso causa descrença mediante o público, enfraquecendo a imagem da companhia em que ele mesmo trabalha. Se ele tinha problemas com outras divisões da Sony, não era para escancarar a situação à imprensa, e sim tratá-los internamente. Não é à toa que deixou o grupo".
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