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Para Peter Moore, da EA, processar piratas não é a solução

24/08/2008 08h12

Peter Moore, presidente do selo EA Sports da Electronic Arts, fez um comentário a respeito da recente notícia de que cinco companhias estão processando pessoas que disponibilizam cópias ilegais de jogos. Para ele, essas medidas são ineficazes para impedir o compartilhamento de arquivos pela internet.

"Não funcionou para a indústria de música", disse Moore. "Eu não sou um grande fã de tentar punir seu consumidor".

O comentário vem depois que as companhias Atari, Codemasters, Reality Pump, Topware Interactive e Techland contrataram a firma de advocacia Davenport Lyons para abrir processos em seus nomes contra 25 mil pessoas que compartilhavam arquivos de seus jogos. As ações demandam que os piratas paguem uma quantia de US$ 557 ou enfrentem julgamento.

Embora Moore reconheça que soluções construtivas contra a pirataria sejam escassas, ele prefere que a indústria busque algumas dessas soluções em vez de apelar para a Justiça. "Embora essas pessoas tenham roubado claramente propriedade intelectual", continuou, "acho que há meios melhores de resolver isso dentro de nossa força como desenvolvedores e distribuidores".

Vários jogos da EA Sports, incluindo o carro-chefe "Madden NFL 09", não foram lançados para PC este ano, depois que a empresa alegou "sérios desafios comerciais" para com a plataforma. Moore prometeu que as franquias retornarão aos computadores no ano que vem, mas reforçadas com expressiva conectividade online. "Eu acho que há soluções melhores do que perseguir pessoas por dinheiro. Não sei exatamente quais podem ser exceto criar uma experiência de jogo tão interessante que faça com que a pirataria já não valha tanto a pena", concluiu.