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Depois de 20 anos, óculos 3D querem nova chance nos games

FABIO PANCHERI<BR> Enviado especial a San Jos

26/08/2008 15h24

Os óculos 3D do saudoso Master System serviam mais para manter a curiosidade, apesar do tremendo sucesso do videogame no Brasil; o Virtual Boy, da Nintendo, nem essa sorte teve. Se a experiência tridimensional da empresa de "Mario Bros." nunca decolou, a tecnologia Stereoscopic 3D da nVidia promete uma nova chance ao visual imersivo.

"Unreal Tournament III", "Guitar Hero" e "Age of Empires III" são alguns dos jogos em demonstração no nVision e que usam a tecnologia. Bem diferente das lentes vermelha e azul dos antigos óculos 3D, agora eles são mais refinados e dispensam fio, apesar que a versão usada no evento estava "plugada" para desencorajar os visitantes a levarem o brinquedo para casa.

Em alguns títulos, é quase como se fosse um novo jogo. Em "Guitar Hero" a partitura parece estar muito acima do palco, mas a ação rápida não deixa tempo para apreciar o visual. Já em "Age of Empires III" dá vontade de realizar todas as campanhas novamente para ver o relevo dos cenários. E é exatamente essa a idéia da nVidia: dar vida nova aos jogos antigos, além de abrir a oportunidade para a criação de títulos feitos sob medida para a tecnologia.

Sem mencionar preço do acessório, que nas palavras da nVidia será "bem acessível aos jogadores", o Stereoscopic 3D será compatível com mais de 300 jogos para PC já existentes, sem exigir atualizar o game antigo com "patch". No entanto, o Stereoscopic 3D funciona apenas em monitores que tem uma alta taxa de "refresh". Todas as placas da nVidia sairão de fábrica com os drivers necessários

O NVision é um evento voltado aos profissionais e entusiastas da computação gráfica. Além das aplicações 3D no mercado de entretenimento, mostra como a computação gráfica auxilia a indústria automotiva, jornalismo, medicina e outros segmentos.

Fabio Pancheri viajou a convite da nVidia