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Depois de Take-Two, EA mira Ubisoft, diz analista

15/09/2008 22h36

Sete meses atrás, a Electronic Arts fez uma oferta para comprar a Take-Two Interactive, distribuidora da franquia "Grand Theft Auto". Depois de muito insistir, foi somente em agosto que as duas companhias resolveram conversar formalmente sobre o assunto. A oferta de US$ 2 bilhões não agradou a Take-Two, que insistiu que a empresa vale mais que isso.

Neste domingo (14), a Electronic Arts deu como encerrado as conversas de aquisição, que não foi concretizada. Agora, analistas vêem que a próxima mira pode ser a francesa Ubisoft, da qual a companhia americana detém quase um quinto das ações.

"Devemos levar em consideração que [a Electronic Arts] atualmente detém 19% da Ubisoft... e sentimos que a possibilidade de uma aquisição completa agora está agora maior dado o término das discussões com a 'Take-Two'," disse a analista.

Bathia também disse que o fim das discussões com a Take-Two não terão um impacto negativo no futuro da Electronic Arts. "Achamos que as aquisições ainda serão um aspecto importante da estratégia de crescimento da EA e o balanço patrimonial permanece muito forte com aproximadamente US$ 8,42 em dinheiro por ação e nenhuma dívida", acrescentou.

O analista disse que mesmo sem a adição do portfólio da Take-Two ao seu, a EA tem fortes títulos para este ano como mais "The Sims", "NHL '09", "Warhammer Online: Age of Reckoning" e "Rockband 2". "Dead Space", "Mirror's Edge" e as vendas contínuas de games já lançados como "Tiger Woods PGA Tour '09", "NCAA Football '09", "Madden NFL 09", "NBA Live 2009" e "Spore".

Embora Bhatia tenha dito que os prospectos da Electronic Arts permanecem fortes, ele foi mais crítico com a maneira que a Take-Two lidou com as conversas sobre a aquisição. "(...) Achamos que a gerência da Take-Two fez um erro estratégico e decepcionou seus acionistas por não negociar ativamente com a EA no início do ano", disse ele.

Ele também acredita que os lucros da Take-Two já chegaram ao limite e que vão cair nos "próximos anos". Para ele, existe uma possibilidade muito remota de que outra interessada iguale a oferta da Electronic Arts.

Má negociação

Já Michael Pachter, analista do Wedbush Morgan, duvida que as "sérias discussões" da Take-Two com "diversas partes interessadas" vai levar a uma aquisição da companhia. "Embora seus comentários repetidos sobre outras partes interessadas, parece que nenhuma foi séria suficiente para fazer uma oferta concreta. De novo, em nosso ponto de vista, a avaliação fundamental da Take-Two não sustenta uma oferta atual a um preço maior do que a EA estava disposta a pagar".

Doug Creutz da Cown and Company disse que se a Electronic Arts tivesse oferecido de US$ 28 a US$ 30 por ação da Take-Two teria conseguido fechar a transação, mas a companhia não queria oferecer mais do que US$ 25,74.