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Pesquisa conclui que games são bons para as crianças

21/09/2008 13h20

O Pew Research Center, instituto de pesquisa sem fins lucrativos que fica em Washington e fornece informações sobre questões, atitudes e tendências que estão moldando o país e o mundo, revelou a íntegra de uma pesquisa a respeito dos jovens que jogam videogames.

Após liberar uma parte do estudo constatando que aproximadamente 97% dos jovens americanos, independente de sua classe, etnia ou raça, jogam games, o instituto, que realizou um questionário com jovens entre 12 e 17 anos, garotos e garotas, descobriu que 86% jogam games para consoles. Seja em PC ou console, 76% jogam online.

De acordo com a pesquisa da Pew, os cinco jogos mais populares entre os jovens americanos atualmente são "Guitar Hero", "Halo 3", "Madden NFL", "Solitaire" ("Paciência") e "Dance Dance Revolution". Por gênero, os preferidos são os de corrida, quebra-cabeça e esportivos, enquanto que os de mundo virtual (como "Second Life"), jogos online sem limite de jogadores (MMO, na sigla em inglês), e "horror de sobrevivência" (como "Resident Evil") são os menos jogados por jogadores dessa idade.

Curiosamente, a pesquisa descobriu que as implicações sociais das jogatinas online e multiplayer podem ser, na verdade, saudáveis. Segundo a Pew, 65% dos jovens jogam seus games preferidos com amigos na mesma sala. E quando eles jogam online, 70% o fazem com seus amigos reais algumas vezes.

Com relação às freqüentes e desenfreadas referências a difamações e racismo, dentre outras comuns em jogos com suporte à conversa, os jovens dizem que estão a par, sendo que 63% deles já viram "pessoas se tornarem bastante agressivas enquanto jogam". Porém, aproximadamente 75% disseram que outro jogador respondeu pedindo ao agressor para parar pelo menos por um tempo.

Retrato da sociedade

A pesquisa da Pew também observou o comportamento "pró-social" e encontrou resultados encorajadores. Por exemplo, 85% daqueles que relataram terem testemunhado alguma estupidez online "também viram outros jogadores serem generosos e prestativos enquanto jogavam". Embora a proporção não tenha sido mencionada, aparentemente as interações online retratam o tipo de interação que se têm na vida real.

O estudo também apurou que os jogadores mais ativos em atividades como discussão em fóruns ou organização de guildas têm tendência a serem mais ativos na vida civil - costumam ser bem informados politicamente ou fazem doações para caridade.

Quanto aos pais, há uma controvérsia: entre aqueles que jogam com suas crianças, a maioria (62%) respondeu que os jogos não têm influência alguma sobre elas, de uma forma ou de outra. Mas entre os pais cujas crianças não jogam, 55% responderam que os videogames têm influência negativa.