Topo

Produtora questiona royalties de canções em jogos

29/09/2008 09h30

A discussão entre os games musicais e as gravadoras ganha mais um condimento. Robert Kotick, executivo-chefe da Acitivision Blizzard, distribuidora de "Guitar Hero", retrucou as alegações das gravadoras de que elas não estariam recebendo royalties suficientes de jogos como "Guitar Hero" ou "Rock Band" (este, da Electronic Arts).

"Quando você olha para o impacto [que 'Guitar Hero'] pode ter em um Aerosmith, Van Halen ou Metallica, é realmente muito significante", disse Kotick ao The Wall Street Journal, "tanto que você meio que se pergunta se, no caso desses tipos de produtos, você deveria pagar realmente alguma coisa ou se deveria ser o contrário".

Edgar Bronfman, chefe da Warner Music, recentemente chamou de "insignificantes" os royalties pagos pelas companhias de games. Mas a Activision argumenta que os jogos musicais valorizam as próprias músicas, aumentando a compra por download e até a venda de ingressos.

Bronfman também disse que as gravadoras podem aumentar a cobrança de royalties porque os jogos são "inteiramente dependentes" de músicas licenciadas. Mas Kotick rebateu esse argumento. "Nós temos muitas músicas para escolher, muitos artistas para escolher. Um garoto de 12 anos não tem idéia de quem é Steven Tyler ou quem é Aerosmith", disse o executivo. "A maior parte de nossos consumidores vai dizer que eles não estão comprando os produtos baseados nas músicas que estão incluídas. Eles estão comprando baseados no quão divertidas as músicas são de tocar quando eles as estão tocando".