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Compra da Take-Two seria ato de boa fé, diz EA

15/10/2008 16h28

A novela "Electronic Arts/Take-Two" terminou recentemente sem nenhum sucesso. Por vários meses, a gigante dos games Electronic Arts tentou adquirir a Take-Two, dona de franquias de sucesso como "Grand Theft Auto". O intuito da companhia americana era voltar a ser a maior distribuidora da indústria, posto perdido recentemente com a fusão entre a Activision e a Vivendi, que originou a Activision Blizzard.

No entanto John Riccitiello, chefe da Electronic Arts, aparentemente não se arrepende de ter mantido por nove meses a oferta de US$ 2 bilhões pela Take-Two.

Falando ao Wall Street Journal, Riccitiello taxou toda a novela como "um desperdício de tinta, principalmente no New York Post", se referindo ao jornal novaiorquino, e explicou que a EA desistiu da oferta porque "o momento era essencial, porque queríamos causar impacto nas vendas de fim de ano de 'Grand Theft Auto IV'".

Indo mais além, Riccitiello disse que a tentativa de comprar a Take-Two foi quase um ato de boa fé "para ajudar aquela companhia a superar o que tem sido uma experiência irregular de lucros".

Depois que a EA tirou seu time de campo, cancelando sua oferta de US$ 2 bilhões, a Take-Two também terminou oficialmente todas as discussões com "várias companhias interessadas" em aquisição ou fusão, optando por permanecer uma distribuidora independente.

Strauss Zelnick, chefe da Take-Two, disse que sua companhia está "fortemente posicionada criativamente, financeiramente e competitivamente".

De acordo com a empresa de consultoria financeira BMO Capital Markets, a EA acabou saindo dessa situação ilesa, dizendo ao Wall Street Journal que não acredita que a companhia seja afetada pelo negócio não concretizado, e que não crê que "haja outra séria interessada pela Take-Two em curto prazo".