Oferta de compra da EA custou US$ 11 mi à Take-Two
Na quarta-feira passada (17), a Take-Two Interactive declarou uma arrecadação anual recorde de US$ 1,5 bilhão e US$ 97 milhões em lucros no ano, mas viu suas ações caírem por causa de uma lucratividade total abaixo do esperado para o período.
Nesta semana, a distribuidora revelou detalhes sobre seu ano fiscal de 2008, que se encerrou em 31 de outubro, por meio de um relatório financeiro enviado a Securities and Exchange Commission (SEC), o equivalente à Comissão de Valores Mobiliários no Brasil.
Entre os documentos há algumas informações interessantes sobre as operações da companhia. Por exemplo, o montante que a Take-Two gastou para impedir que a Electronic Arts tivesse êxito em comprá-la, uma "perseguição" que durou sete meses. "Nós gastamos US$ 11,1 milhões com custos em 2008 relacionados à oferta da EA e nosso processo de revisão estratégica", declarou a companhia.
Quem comandou a defesa da companhia contra a proposta da Electronic Arts foi Strauss Zelnick, presidente de conselho da companhia, que viu a montanha-russa das ações da Take-Two no pregão da Nasdaq (e virou notícia quando foi capa da revista Men's Fitness). Quando a EA ofertou US$ 26 por cada cota de ação da rival, os papéis da proprietária de "Grand Theft Auto" subiram de um patamar de US$ 17 para US$ 27,95 em 2 de junho - maior valor em 52 semanas. Assim que a EA desistiu da oferta, o preço de suas ações despencou vertiginosamente, chegando a abaixo de US$ 8,50 recentemente.
Em uma situação de desvalorização como essa, seria comum que executivos fossem sumariamente demitidos, mas curiosamente Zelnick está, em vez disso, sendo premiado, e muito. Embora seu salário anual seja oficialmente de apenas US$ 1, sua companhia, a ZelnickMedia (que gerencia a Take-Two), recebeu cerca de US$ 2,5 milhões em taxas de gerenciamento durante o último ano fiscal. A empresa também recebeu 600 mil cotas de ações que serão liberados ao longo dos próximos três anos. Além disso, se a Take-Two atingir certas metas de desempenho, a ZelnickMedia ainda vai receber mais US$ 2,5 milhões e 900 mil ações em quatro anos.
Lucrando com a nova geração
Falando sobre os lucros da empresa, o relatório financeiro também detalha suas fontes de arrecadação. Cerca de 82,3% de seu dinheiro veio das plataformas da atual geração, e dessa parte a companhia obteve US$ 347 milhões com jogos para PlayStation 3, US$ 281,5 milhões com games para Xbox 360, e US$ 112 milhões com vendas no Wii. Os primeiros dois números foram conduzidos basicamente por "Grand Theft Auto IV", enquanto o último deve seu sucesso a títulos como "Top Spin 3", "Major League Baseball 2K8" e a série casual "Carnival Games". Curiosamente, a Take-Two considera o Nintendo DS como da "geração anterior", juntamente com o PlayStation 2.
Dividindo seu desempenho por territórios, 43,5% da arrecadação anual da Take-Two vieram de fora da América do Norte, 8,8% a mais que no ano anterior. O seu acordo com a Capcom lhe rendeu US$ 33,2 milhões, provenientes da localização e venda dos jogos da série "Grand Theft Auto" no Japão. Os lucros anuais cresceram em US$ 20,4 milhões graças ao fortalecimento de moedas estrangeiras, com a Take-Two dando créditos ao crescente dólar canadense como um dos fatores principais.
Nesta semana, a distribuidora revelou detalhes sobre seu ano fiscal de 2008, que se encerrou em 31 de outubro, por meio de um relatório financeiro enviado a Securities and Exchange Commission (SEC), o equivalente à Comissão de Valores Mobiliários no Brasil.
Entre os documentos há algumas informações interessantes sobre as operações da companhia. Por exemplo, o montante que a Take-Two gastou para impedir que a Electronic Arts tivesse êxito em comprá-la, uma "perseguição" que durou sete meses. "Nós gastamos US$ 11,1 milhões com custos em 2008 relacionados à oferta da EA e nosso processo de revisão estratégica", declarou a companhia.
Quem comandou a defesa da companhia contra a proposta da Electronic Arts foi Strauss Zelnick, presidente de conselho da companhia, que viu a montanha-russa das ações da Take-Two no pregão da Nasdaq (e virou notícia quando foi capa da revista Men's Fitness). Quando a EA ofertou US$ 26 por cada cota de ação da rival, os papéis da proprietária de "Grand Theft Auto" subiram de um patamar de US$ 17 para US$ 27,95 em 2 de junho - maior valor em 52 semanas. Assim que a EA desistiu da oferta, o preço de suas ações despencou vertiginosamente, chegando a abaixo de US$ 8,50 recentemente.
Em uma situação de desvalorização como essa, seria comum que executivos fossem sumariamente demitidos, mas curiosamente Zelnick está, em vez disso, sendo premiado, e muito. Embora seu salário anual seja oficialmente de apenas US$ 1, sua companhia, a ZelnickMedia (que gerencia a Take-Two), recebeu cerca de US$ 2,5 milhões em taxas de gerenciamento durante o último ano fiscal. A empresa também recebeu 600 mil cotas de ações que serão liberados ao longo dos próximos três anos. Além disso, se a Take-Two atingir certas metas de desempenho, a ZelnickMedia ainda vai receber mais US$ 2,5 milhões e 900 mil ações em quatro anos.
Lucrando com a nova geração
Falando sobre os lucros da empresa, o relatório financeiro também detalha suas fontes de arrecadação. Cerca de 82,3% de seu dinheiro veio das plataformas da atual geração, e dessa parte a companhia obteve US$ 347 milhões com jogos para PlayStation 3, US$ 281,5 milhões com games para Xbox 360, e US$ 112 milhões com vendas no Wii. Os primeiros dois números foram conduzidos basicamente por "Grand Theft Auto IV", enquanto o último deve seu sucesso a títulos como "Top Spin 3", "Major League Baseball 2K8" e a série casual "Carnival Games". Curiosamente, a Take-Two considera o Nintendo DS como da "geração anterior", juntamente com o PlayStation 2.
Dividindo seu desempenho por territórios, 43,5% da arrecadação anual da Take-Two vieram de fora da América do Norte, 8,8% a mais que no ano anterior. O seu acordo com a Capcom lhe rendeu US$ 33,2 milhões, provenientes da localização e venda dos jogos da série "Grand Theft Auto" no Japão. Os lucros anuais cresceram em US$ 20,4 milhões graças ao fortalecimento de moedas estrangeiras, com a Take-Two dando créditos ao crescente dólar canadense como um dos fatores principais.
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