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Para Gearbox, Valve e Steam deveriam ser separados

09/10/2009 21h06

Falando ao site MaximumPC, Randy Pitchford, executivo-chefe da produtora Gearbox, fez críticas severas à produtora Valve e seu serviço de distribuição digital, o Steam, um dos pioneiros do mercado.

Segundo ele, conflitos excessivos de interesse vêm ocorrendo em torno do serviço, e a companhia está tomando uma porção cada vez maior do que deveria pelo que oferece com a ferramenta.

"Seria muito melhor se o Steam tivesse seu próprio negócio", comentou Pitchford. "Há tanto conflito de interesses lá que é horrível. Na verdade é muito, muito perigoso para o restante da indústria permitir que a Valve vença".

De acordo com Pitchford, o Steam não é a solução. Ele reconhece que o serviço ajuda as produtoras como clientes, mas salienta que também age como um "apanhador de dinheiro". "A Valve está explorando as pessoas de uma forma que não é totalmente justa. [Está] tomando uma porção maior do que deveria pelo serviço que está fornecendo. Está explorando muita gente pequena".

Liberdade para comprar

Ele diz que para melhorar o modelo de distribuição digital e inibir a pirataria é preciso surgir a liberdade de escolha. "O melhor exemplo é que eu posso ir para esse lugar usando o Vista e comprar software da Microsoft. Mas eu posso também abrir meu navegador, seja Internet Explorer ou Mozilla, e eu posso ir para qualquer revendedor no mundo e comprar qualquer coisa.

"Nós precisamos melhorar esse lado da conveniência, e precisamos descobrir quem controla essa coisa de distribuição digital. Eu acho que depende do modelo. Se eles estão cortando fora um pedaço de todos nós, isso é ruim. Depende do quão grande é o pedaço. Há um pedaço justo e um pedaço injusto", argumentou o executivo da Gearbox.

"Quanto de serviço eles estão oferecendo? Eles estão criando oportunidades para nós para gerenciarmos alguns desses recursos? Nós vamos aguentar o fardo dos custos do serviços, mas queremos mais recompensa por isso", disse. "Eles estão criando uma oportunidade para nós ou o único modo é o modo deles?", indaga.