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Primeiras impressões: Longe de ser clone de "Burnout", "Hot Pursuit" marca retorno de "Need for Speed"

RODRIGO LARA<br> Colaboração para o UOL

25/10/2010 13h30

Uma das dúvidas levantadas quando foi anunciado que o novo "Need for Speed" seria produzido pela Criterion, famosa pela velocidade e colisões da série "Burnout", era: até que ponto o jogo não seria apenas um "'Burnout' com carros licenciados"?

UOL Jogos teve a oportunidade de testar uma versão de demonstração do game de corrida e pode afirmar: "Need for Speed: Hot Pursuit" retoma os dias de glória da franquia, marcada nos últimos tempos por sequências anuais, das quais poucos jogos realmente se sobressaíram. Exceção feita ao primeiro "Need for Speed: Underground" e à tentativa de colocar a franquia entre os simuladores com "Need for Speed: Shift".

A demonstração de "Hot Pursuit" permitia jogar um modo no qual você pilota um carro policial e persegue - em alta velocidade, claro, afinal o carro de polícia é um Lamborghini Reventón - um "fora-da-lei", no caso um motorista à bordo de outro Lamborghini - desta vez um modelo Gallardo.

Durante a perseguição, é possível utilizar nitros, cujo medidor se enche com o passar do tempo, e convocar um bloqueio na estrada feito com viaturas policiais, o que ocorre após a perseguição gerar um determinado nível de notoriedade. Pudemos notar, entretanto, que há outras opções para se barrar motoristas que não respeitam as leis de trânsito: tiras de espinhos para furar pneus, convocar o suporte de um helicóptero e até dardos que afetam os sistemas elétricos do carro transgressor. Infelizmente, na versão testada essas opções não estavam disponíveis.

A apresentação do jogo lembra muito os jogos da série "Burnout", em especial o mais recente episódio "Paradise", por conta do mundo aberto no qual se dirige. Mas as semelhanças se limitam ao visual.

O controle é mais pesado, como nos tempos áureos de "Need for Speed". Por isso, não é possível fazer curvas a 200 km/h, o que dá um toque de realismo à dirigibilidade dos veículos, mas sem exageros: o jogo mantém as raízes arcade que fizeram a fama de suas primeiras versões.

É possível utilizar o freio para fazer as curvas derrapando - o famoso "drift" - porém esse movimento em nada lembra as escorregadas de traseira exageradas de "Burnout". É como se o jogo quisesse transmitir a mensagem: "você pode se divertir, porém lembre-se que está pilotando um veículo de verdade". O sistema de danos é mais complacente que o visto na franquia mais famosa da Criterion, e batidas mais fortes não causam a destruição imediata do veículo.

Após jogar a versão de demonstração, é possível concluir que a produtora britânica deu à série "Need for Speed" a dose de renovação que ela tanto precisava. Com ação intensa e um controle que mescla de maneira equilibrada diversão e realismo, "Hot Pursuit" tem tudo para agradar os mais puristas e se firmar como o jogo que marca o renascimento da franquia.

Perseguições policiais são tema de "Hot Pursuit"; assista