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Primeiras impressões: com múltiplas classes, "Rift" promete ser bom rival para "World of Warcraft"

DOUGLAS VIEIRA<br> Colaboração para o UOL

07/02/2011 11h06

Após o lançamento de "World of Warcraft", muitas empresas tomaram o game online sem limite de jogadores da Blizzard como exemplo para os seus projetos.

Porém, enquanto muitos acabam na mesmice, outros provam que possuem força para cativar público próprio, como "Rift".

Grande e divertido

"Rift" é o tipo de game que já impressiona nos primeiros minutos: logo no início, o jogador é brindado com um vídeo de introdução que mostra um pouco das motivações de cada uma das duas facções do jogo, os Guardians e os Defiants. Na primeira vez as cenas empolgam e tudo mais, mas depois se tornam cansativas pelo fato de ser impossível pulá-las e correr para a tela de seleção de personagens.

Após definir o grupo a ser seguido, o jogador escolhe entre quatro arquétipos diferentes: Warrior, Rogue, Cleric e Mage. A princípio nada diferente, afinal, todos marcam presença em quase todos os games de RPG, mas a coisa muda em pouco tempo.

Ao cumprir a primeira "quest" o jogador pode escolher uma Soul, nome dado às classes do jogo. Cada arquétipo possui seis variações, e o mais interessante é que há a possibilidade de escolher até três profissões para o personagem. Criou um Rogue, pretende evoluir como Ranger, oferecer suporte de Bard e ter algum tipo de especialização com adagas? Totalmente possível.

Para a versão final do jogo, a produtora Trion Worlds promete oferecer Souls diferentes para cada facção, além de dezenas de variações dentro de cada um dos quatro moldes de guerreiros, o que certamente ocupará o tempo daqueles que gostam de experimentar variações de personagens.

As habilidades também merecem destaque. Elas estão separadas em dois grupos, e são habilitadas de formas diferentes. Em um deles é preciso investir pontos obtidos ao evoluir, e conforme eles são gastos novas técnicas são abertas na outra parte. Para melhorar a eficiência de cada uma delas, basta procurar um NPC (personagem controlado pelo computador) treinador e pagar a quantia necessária.

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Outra coisa interessante apresentada por "Rift" são as regiões que dão nome ao jogo. Ao entrar nessas áreas, todos os jogadores que estão na tela passam a ser seus aliados. O legal é que todos saem beneficiados quando aparece um chefe de área, pois o personagem recebe uma recompensa, ainda que pequena, por acertar pelo menos um ataque nele. Se o dano causado for alto, a coisa muda de figura.

Emprestando de outros universos

Uma coisa que tem se tornado frequente nos jogos mais recentes e também está em "Rift" é o sistema de "raids", calabouços fechados para grupos onde é possível conseguir itens raros mais facilmente ou apenas evoluir sem concorrência. Há um limite de pessoas que podem acessar a região, e praticamente todas as classes são necessárias para sobreviver aos desafios.

Assim como em "World of Warcraft", "Rift" também possui servidores separados para congregar cada grupo. Gosta de interpretar as ações enquanto realiza suas caçadas? Siga para o servidor de "RP". Caso a sua praia seja apenas matar monstros e evoluir, a área PvE (de Player versus Enviroment) é a mais indicada. Para os que gostam de medir forças, a pedida é a sala de PvP (Player versus Player).

Algo interessante e que não se vê com tanta frequência por aí é a presença de sangue. Durante os combates, ao atingir um oponente ou quando o seu guerreiro é ferido é possível perceber pequenas quantidades do líquido vermelho jorrando do corpo do personagem, o que dá um pouco mais de realismo às coisas - mas nada que faça o game receber um selo de proibido para menores de 18 anos.

"Rift" traz diversas missões que rendem itens, equipamentos, experiência - essa, aliás, é a melhor forma de evoluir, mas também é possível melhorar o personagem encarando os inimigos - e habilitam novas áreas de exploração. Melhorias de itens também completam o pacote, que desde já se mostra atraente para qualquer fã de RPG online.