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Dreamcast ganha versão portátil não oficial no Japão; novidade sai por R$ 750

do Gamehall

30/05/2011 15h09

  • asas

    Dreamcast 'portátil' é quase do mesmo tamanho do console original

Oficialmente descontinuado pela Sega em 31 de janeiro de 2001, o Dreamcast ganha vida nova no Japão graças a um portátil não oficial lançado por um grupo de fãs do arquipélago.

Disponível no site de eletrônicos PachimonTV a partir de junho, o modelo sai pela bagatela de 38 mil ienes, cerca de US$ 470, um preço um tanto salgado por se tratar de um videogame clássico e descontinuado desde 2001.

Quem estiver interessado ainda assim, levará para casa um portátil nada diminuto, com alguns centímetros a menos em relação ao console de mesa, uma tela LCD e todos os botões e funcionalidades do console doméstico, exceto pela visualização da tela do dispositivo de memória VMU (Visual Memory Unit), já que a parte frontal do modelo é praticamente tomada pela tela principal de jogo.

 



Como um sonho

Lançado nos Estados Unidos em 9 de setembro de 1999, o Dreamcast obteve grande sucesso nesse país, vendendo 100 mil unidades por dia mesmo depois da febre inicial do lançamento.

Inovador, o Dreamcast oferecia, além de gráficos superiores em relação aos seus concorrentes, jogos com conexão a internet, conectividade com o portátil Neo Geo Pocket Color e um dispositivo de memória diferente, conhecido como VMU. Acoplado ao controle, o VMU mostrava em sua pequena tela dados e algumas particularidades dos jogos, como a vitalidade dos heróis em "Resident Evil: Code Veronica".

Além do survivor horror da Capcom, não faltaram bons jogos para o console, casos de "Crazy Taxi", "Capcom vs SNK", "Soul Calibur", "Shenmue", "Marvel vs Capcom 2" e "Jet Set Radio".

Foi no Dreamcast também que começou a febre dos jogos online nos consoles domésticos. O mais bem sucedido dos títulos foi "Phantasy Star Online", cujos servidores foram desligagos somente em 31 de março de 2007, seis anos após o fim antecipado do videogame em terras japonesas.

Entretanto, nem mesmo o sucesso de vendas do console foi suficiente para o console cobrir os gastos da Sega, e, então, em 31 de janeiro de 2001, a companhia anunciou o fim da produção do console e a retirada no mercado de hardware.

A decisão veio do Japão, que decidiu pela sobrevivência da empresa ao invés de continuar a grande aventura do Dreamcast. Tragicamente, Issao Okawa, presidente de conselho de diretorers da Sega e principal incentivador do console, faleceu dois meses depois do anúncio. Chegara o fim de uma era.

O Dreamcast deixa uma marca de 10,6 milhões de consoles vendidos e suas inovações vivem como legado nos consoles atuais. O videogame foi vendido até 2006 no Japão, quando a Sega colocou no mercado algumas unidades recondicionadas, mas ainda hoje recebe esporádicos lançamentos oficiais: o mais recente é o game de corrida "Rush Rush Rally Racing".

O console ainda conta com uma comunidade de desenvolvedores amadores, que fabricam programas caseiros. Seus jogos foram pouco explorados nos serviços de jogos antigos: um deles é "Soulcalibur", refeito para o Live Arcade do Xbox 360, além da coletânea "Sega Dreamcast Collection", disponível para o mesmo console e também para PCs.