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Teste: com botões de videogame, celular Xperia Play traz controles mais precisos

AKIRA SUZUKI

Da Redação

16/06/2011 13h43


A Sony Ericsson mostrou pela primeira vez no Brasil, nesta quarta-feira (15), o Xperia Play, um smartphone com sistema Android (vem coma versão 2.3) e grife PlayStation que se destaca por trazer controles próprios para games, lembrando a configuração do portátil PSPgo.

O aparelho, que será fabricado no Brasil, está previsto para sair no segundo semestre no país, por preço ainda não definido (nos Estados Unidos, uma versão desbloqueada sai por US$ 600).

Xperia Play nacional vem com sete jogos de fábrica, que abrange vários gêneros: "FIFA 2010" (futebol), "Madden NFL 11" (futebol americano), "Bruce Lee: Dragon Warrior" (luta), "Tetris" (quebra-cabeça), "Star Battalion" (tiro), "Crash Bandicoot" (jogo clássico de ação vindo o PlayStation 1) e "Asphalt 6: Adrenaline" (corrida). Este último é oferecido via download gratuito.

Além disso, mais de 80 títulos compatíveis com o controle do Xperia Play estarão disponíveis por download no Android Market, por preço médio de R$ 10 cada um, de acordo com Magnus Anseklev, presidente da Sony Ericsson para o Brasil. Alguns jogos, como os que são feitos pela Gameloft, terão textos em português.

UOL Jogos teve a oportunidade de testar o novo celular da Sony Ericsson e alguns dos games (clique nas setas laterais do módulo abaixo para ver a análise de outros jogos).


Com as mãos no Xperia Play

Fechado, o smartphone lembra modelos como o Xperia X10, com tela de 4 polegadas (10,16 cm, medido na diagonal). Mas ao deslizar a tela é revelado um painel que os jogadores de PlayStation conhecem bem: um direcional digital e quatro botões principais, além do Start e Select. O aparelho também tem botões de "ombro" (L e R), ativados geralmente com os dedos indicadores. A parte central é composta por duas áreas circulares sensíveis ao toque, que tem funções similares aos direcionais analógicos no controle do PlayStation 2 ou 3.

A tela inicial do Xperia Play é bem conhecida dos usuários de celular Android, com uma área de trabalho que aceita widgets. No entanto, possui um menu especial para jogos, que é ativado ao abrir o celular. Nessa tela, que pode ser comandada pelo direcional e botões físicos, traz os games compatíveis com o controle. Muitos dos games aceitam várias configurações de "input", seja a tela de toque, direcional virtual, sensores de movimento ou o próprio controle físico.

A sensação de toque do direcional e dos botões é positiva: é típica de teclas para celulares, que afunda pouco e tem aquele "clique" caraterístico. Já os touchpads trazem um pouco dos problemas vistos com os controles virtuais: por vezes, é difícil saber exatamente onde o dedo está, atrapalhando as partidas. Há jogos que o controle da visão funcionou bem nos direcionais de toque, como "N.O.V.A. 2", e outros que ainda precisam ser revistos, caso da demonstração de "Minecraft". Enfim, é um sistema que, por trazer um "feedback" tátil, é melhor que joypads virtuais na tela de toque, mas bom mesmo seria se viessem com direcionais "de verdade", como os que equipam o PlayStation Vita.

Mas não há dúvidas que os controles físicos trazem muito mais precisão em jogos mais tradicionais, como "Asphalt 6", de corrida, e "Bruce Lee: Dragon Warrior", um título de luta que lembra o estilo de "Tekken". É muito mais confortável usar botões nesse game, pois o ritmo do combate pode ficar frenético. Outra vantagem é poder aproveitar clássicos lançados para PlayStation 1, como é o caso de "Crash Bandicoot".

Quanto ao desempenho, o Xperia Play se mostra um dos celulares mais poderosos da atualidade para rodar games. O processador de 1 GHz e um chip gráfico dedicado, o Adreno 205, permite criar games relativamente complexos em 3D com boa fluência de tela (muitos deles rodam a 60 quadros por segundo).