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Berço de clássicos da Konami como "Metal Gear" e "Parodius", MSX faz 28 anos

AKIRA SUZUKI

Da Redação

28/06/2011 15h57

Em meados de 1983, na mesma época em que "Mario Bros." dava seus primeiros saltos no Famicom (como se chama o NES no Japão), uma plataforma de computador que tinha a proposta de ter um padrão único mesmo sendo produzido por diferentes fabricantes foi anunciada pela divisão oriental da Microsoft.

De certa forma, o computador MSX, revelado em 27 de junho de 1983, foi uma das primeiras empreitadas da companhia de Bill Gates no mundo dos games (apesar de o projeto ter sido mais uma iniciativa de Kazuhiko Nishi, vice-presidente da Microsoft para o Extremo Oriente, e não tenha entusiasmado a matriz).

Uma particularidade do MSX foi adotar o uso de cartuchos como mídia (aceitava também disquetes e, acreditem, fita cassete para guardar dados). Talvez por isso (e também o relativo baixo preço) tenha ganhado atenção dos jogadores.


Assim, a plataforma ganhou muitos games, e a produtora que mais ganhou admiração foi a japonesa Konami. A companhia tem, de longe, o portfólio mais poderoso do MSX, com versões de "Castlevania", "The Goonies" e "Gradius". Mais ainda, a empresa lançou vários títulos originais para o computador, tendo como destaque "Parodius" e "Metal Gear". Este último, uma obra-prima de Hideo Kojima (ele também uma "cria" do MSX, mesmo que a contragosto) que continua em alta até hoje. Isso sem falar em "Knightmare", "King's Valley", "Snatcher", "Penguin Adventure" etc.

Além do Japão, o computador se tornou popular na Holanda e no Brasil. Por aqui, a Gradiente e a Sharp lançaram modelos do MSX na década de 80. Lá fora, o padrão seguiu em frente com as evoluções MSX2, 2+ e Turbo-R, mas perdia força cada vez mais ao se aproximar do final da década. Atualmente, é complicado achar games de MSX para jogar: existem títulos no serviço Virtual Console do Japão, e algumas coletâneas saíram para o Nintendo DS e PSP. Há, no entanto, um emulador oficial para PC, chamado MSXPLAYer.