TGS 2011: No Nintendo 3DS, "Kingdom Hearts" tem mais velocidade e novos parceiros
"Kingdom Hearts" é uma franquia relativamente recente da Square Enix - o primeiro jogo saiu para PlayStation 2 em março de 2002 - mas foi desde cedo ocupando um lugar de destaque entre as propriedades intelectuais da companhia. O projeto nasceu da união da Disney com os personagens do RPG "Final Fantasy" e essa fórmula cativou o público.
Enquanto o canônico "Kingdom Hearts III" não chega, a produtora foi engordando a trama com edições para videogames portáteis. Nessa história, o PSP acabou levando a melhor, com um título mais fiel às edições para consoles. Entretanto, "Kingdom Hearts 3D: Dream Drop Distance", estreia da série no Nintendo 3DS, pode virar o jogo.
Desta vez, a Square Enix manteve mais o DNA da série no portátil da Nintendo. Como de praxe, é fácil jogar o game: na maioria das situações, apertar o botão A resolve o problema. Com o botão X, usa-se o ataque especial mostrado no menu, que é automaticamente escolhido pelo sistema. Naturalmente, é possível selecionar os ataques de forma manual, mas isso não chega a ser necessário na maioria das situações.
"Kingdom Hearts 3D: Dream Drop Distance" tem um sistema chamado Free Flow Action que, resumidamente, faz os protagonistas ganharem agilidade de um ninja: basta apertar o botão Y para correr e, se um poste ou uma parede estiverem no caminho, a velocidade aumenta. Chega num ponto que é difícil acompanhar o personagem, mas como a coisa funciona de modo meio automático (basta ficar marretando o botão), o controle é bem simples. E apertando o botão A no meio desse processo ativa-se uma sequência especial de ataque.
Os bons companheiros
Na demonstração da Tokyo Game Show foi possível jogar tanto com Sora como Riku. O cenário do primeiro personagem era a tradicional Traverse Town, mas agora com a inclusão dos distritos 4 e 5. Outra novidade é a presente de Neku, de "The World Ends with You", que representa a primeira aparição, em "Kingdom Hearts", de um personagem da Square Enix sem ser de "Final Fantasy". Já a aventura de Riku acontece no mundo de "O Corcunda de Notre Dame".
Em se baseando por esse demo, parece que a presença da Disney ficou menor: Pateta e Donald já não são mais ajudantes de Sora. No lugar deles estão duas criaturas conhecidas como Dream Eaters (devorador de sonhos), com as quais é possível empreender ataques coordenados: cada parceria rende um privilégio diferente e também é possível "linkar" com os dois seres ao mesmo tempo. No caso de Sora, ele monta nos Dream Eaters durante a parceria, enquanto os amigos de Riku conferem mais poder para sua espada.
O game também conta com outro tipo de habilidade especial, chamada Reality Shift. Quando se golpeia um mesmo inimigo, o marcador de alvo pode mudar de formato. Nesse contexto, ao apertar X e A ao mesmo tempo, faz surgir uma espécie de minigame jogado com a tela de toque.
Todas essas funções ajudam a dar variedade e mais dinamismo para os combates de "Kingdom Hearts 3D: Dream Drop Distance". A maior velocidade, contudo, traz um inconveniente: é praticamente impossível acompanhar o personagem com a função 3D ligada. No entanto, a julgar pelo demo da Tokyo Game Show, o game tem qualidade suficiente para não depender desse "firula" do 3DS.
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