Para lutadores, game oficial aumenta popularidade do UFC; UOL Jogos testou

Buscando se tornar uma paixão brasileira, o UFC já ultrapassou as barreiras do octógono e da TV por assinatura. Hoje, a competição é transmitida na TV aberta e seus campeões são garotos-propaganda de todo tipo de produto. Mercadorias com a marca UFC incluem roupas infantis, cadernos e em especial, videogames.

"É um esporte para a família", acredita Vitor Belfort. Ainda que seja um tanto sangrento para as avós e para as criancinhas, o apelo das lutas de artes marciais é inegável e o sucesso do UFC se reflete no desempenho comercial de "UFC Undisputed", franquia de videogame oficial do torneio, que já vendeu cerca de 8 milhões de cópias, somadas as edições lançadas em 2009 e 2010.

Mas a popularidade é uma via de mão dupla e os games, na opinião dos lutadores, também são responsáveis por despertar o interesse de novos espectadores e atrair atenção para o campeonato no mundo real. "Jogando você tem seus lutadores favoritos e pode começar a assistir as lutas na TV", disse Chad Mendes, lutador da categoria pena, "eu definitivamente acho que os games ajudam o esporte a crescer".

De volta ao octógono virtual

Após um hiato de um ano, "UFC Undisputed 3" traz uma experiência revigorada para os fãs de artes marciais mistas. Se "Undisputed 2010" era um refinamento do jogo de 2009, agora o pacote inclui novidades o suficiente para ser considerada uma verdadeira nova edição. O plantel de lutadores atualizado inclui grandes nomes de todas as categorias, do campeão peso-pena José Aldo até o ex-astro da WWE Brock Lesnar, cada um com seu estilo e movimentos característicos.

"UFC Undisputed 3" traz várias configurações de jogo, que tornam a brincadeira mais casual ou mais realista, com elementos de simulação, em que o vigor dos lutadores diminui conforme você bate e recebe golpes. Assim, é preciso levar em conta a movimentação na arena e a hora certa de atacar, o que acrescenta uma certa profundidade ao jogo.

O game oficial do UFC chega ao Brasil com todos os menus e instruções em português, o que facilita a vida dos jogadores: para aprender as técnicas mais avançadas, antes era preciso dominar não só o jargão técnico do UFC, mas também  os termos em inglês. Se tornar um mestre das artes marciais mistas ainda exige treino, mas com os comandos explicados em nosso idioma, não é uma tarefa tão árdua.

Dentro do octógono, quando a luta vai para a submissão, sai de cena o confuso esquema de posicionamento e imobilizações, onde na prática você ficava girando as alavancas do controle sem muita noção do que estava fazendo. Agora, os lutadores tentam imobilizar ou escapar dos movimentos adversários e os jogadores disputam um mini-game simples, perseguindo um ao outro em um octógono ao redor da tela, onde vence quem "dominar" o adversário por mais tempo, preenchendo uma barra abaixo dos lutadores.

O game traz também o Pride, famoso torneio japonês, com seu ringue quadrado e bem iluminado, rounds mais demorados - 9 minutos cada, ao contrário dos 5 minutos do UFC - e regras diferentes sobre o que pode ou não ser feito dentro da arena. Para finalizar, "UFC Undisputed 3" apresenta novos movimentos de finalização e nocaute, mas infelizmente reaproveita as animações de comemoração da vitória de "UFC Undisputed 2010".

"UFC Undisputed 3" chega em 14 de fevereiro, com versões para PlayStation 3 e Xbox 360.

* O jornalista viajou a convite da Arvato Games e THQ