Proibido no Brasil nos anos 90, "Carmageddon" pede doações para retornar em 2013
Com altas doses de carnificina e uma mecânica que incentivava atropelamentos, "Carmageddon" teve sua venda foi proibida no Brasil na década de 1990. Agora, a série de corrida ensaia um retorno aos computadores em 2013.
Para isso, a produtora Stainless Games iniciou uma campanha de arrecadação de fundos no site Kickstarter.
O jogo "Carmageddon Reincarnation" já havia sido anunciado pela Stailess Games em 2011, como um jogo por download, mas os desenvolvedores - os mesmos do jogo original - Patrick Buckland e Neil Barnden resolveram levá-lo para o Kickstarter, site de "crowd funding' que se tornou moda para projetos de games independentes.
Para finalizar e lançar "Reincarnation", a Stainless Games pede US$ 400 mil. Esse valor precisa ser atingido em até 29 dias. Até o momento, foram arrecadados pouco mais de US$ 39 mil, doados por 673 pessoas.
No site, os produtores oferecem diversos pacotes específicos de prêmios para as doações: por US$ 1, o doador terá seu nome nos créditos do site oficial. Já quem doar US$ 10 mil, poderá conhecer a equipe de desenvolvimento e ter seu rosto eternizado em um dos inimigos do jogo.
Para apoiar a produção do novo "Carmageddon Reincarnation", visite a página do game no Kickstarter.
Perigo nas ruas
"Carmageddon" é uma polêmica série de automobilismo no qual a disputa de velocidade fica em segundo plano: o jogador ganha mais pontos conforme atropela e mata competidores e qualquer um que aparecer na pista.
O primeiro jogo surgiu em 1997 para PC e impressionou não só pelos gráficos em 3D e física competentes, mas especialmente pela violência em grandes doses. Uma série de continuações a adaptações para outras plataformas apareceu, mas nenhum título conseguiu repetir o sucesso e polêmica do original - que chegou inclusive a ser banido do Brasil.
O jogador participa de uma corrida sem limites, mas com regras bem exóticas. Além do tradicional desafio de terminar a prova em menos tempo, é possível também optar por atropelar os pedestres ou destruir o carro dos seus adversários para ganhar pontos.
Desde a sua produção, o jogo sofreu uma série de censuras no mundo todo, sendo até obrigado a substituir os pedestres humanos por robôs ou zumbis. No Brasil, o jogo chegou às lojas com um sistema de senha que liberava a carnificina contra os humanos, mas mesmo com esse cuidado o game acabou banido do país após uma semana de vendas.
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