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Só no Japão: operadoras de jogos sociais encerram venda de itens colecionáveis

11/05/2012 22h32

Uma grande polêmica está agitando a Terra do Sol Nascente. Diante da pressão do governo, várias companhias que publicam e operam jogos sociais anunciaram que irão parar com uma operação lucrativa existente em vários títulos para celulares.

Chamado de "complete gatcha", esses sistema consiste num sistema de sorteio, em que se pode obter vários tipos de itens virtuais. Esses objetos, por si só, não valem nada, mas ao conseguir uma determinada variedade deles, pode-se trocar por itens raros - esses, sim, dão vantagens.

Só que a taxa de sucesso para conseguir um item raro é muito baixa e não raro aparecem relatos de pessoas que gastaram mais de 100 mil ienes (cerca de US$ 1.250) em games como "Idolmaster Cinderella Girls", da Namco Bandai. Além disso, muitos dos jogos não trazem avisos explícitos sobre operações que custam dinheiro real, o que leva muitas crianças a gastar somas vultosas sem perceber.

Gastos vultosos

Diante das reclamações, a agência nipônica que regula as relações de consumidor anunciou nesta terça (8) que esse sistema de monetização pode estar infringindo a lei. No dia seguinte, seis empresas que publicam games sociais afirmaram que irão parar com as operações de "complete gatcha".

Nesta quinta (10), foi a vez da Bandai Namco fazer o mesmo. As ações de companhias que trabalham com esse tipo de jogo estão em baixa (na última segunda, os papéis da Konami, por exemplo, desvalorizaram 17,54%, enquanto a Gree, uma das maiores do setor, perdeu 23,25% do valor). A Square Enix, que opera o "Million Arthur" - outro game que usa o sistema -, não anunciou nenhuma medida, por enquanto.

Os games sociais eram uma aposta de várias empresas tradicionais de jogos, mas, depois dessa polêmica, a estratégia delas pode mudar.