Testamos: "The Secret World" tem evolução livre e missões que exigem conhecimento real
Os dias 22, 23 e 24 de junho trouxeram desafios para pessoas de vários cantos do mundo. Divididas entre Templars, Illuminatis e Dragons, todas elas tinham uma coisa em comum: desbravar cada canto e possibilidade disponível no teste aberto de “The Secret World” - e, claro, UOL Jogos também estava no meio da multidão.
Moderno e diferente
“The Secret World” se difere de outros jogos já na apresentação: ao invés de adotar uma ambientação medieval ou futurista, a Funcom trouxe o seu título para os dias atuais. Encaramos a jornada como Templar, grupo que tem base em Londres, e a cidade está lá com parte de suas características, como os ônibus vermelhos de dois andares e outras peculiaridades.
Características próprias, aliás, não faltam no game. Por muito tempo foi dito que a produtora abriria mão dos clássicos níveis e que adotaria um sistema de classes próximo ao visto em “The Elder Scrolls V: Skyrim”. No fim das contas, essa foi uma decisão acertada.
Claro, a experiência existe em “The Secret World”, mas ela serve apenas para ganhar Ability Points e Skill Points. Os primeiros liberam habilidades referentes ao personagem, como atacar mais forte e equipar acessórios melhores, enquanto os outros premiam com novas técnicas. É aqui que está a semelhança com “Skyrim”.
Ao invés de ficar preso a uma classe, seu personagem pode ter combinações variadas - aqui, de acordo com a arma utilizada. Um avatar com metralhadora, por exemplo, representaria o clássico arqueiro (que parece com a classe de “Rift”: golpes fracos enchem uma barra para combo, e ela é útil para melhorar a força de alguns golpes), mas equipando uma espada ele passa a ser um guerreiro de lutas com mais contato.
Se isso não representa muito no combate contra monstros, pode se tornar um excelente aliado na modalidade jogador contra jogador. Durante o teste, a Funcom liberou regiões para o clássico “PvP” que simulavam guerras territoriais: os grupos atacavam determinadas áreas, cabendo aos defensores mantê-las sob seu comando.
Para incentivar até mesmo quem foge da luta, “The Secret World” traz um sistema de recompensa cumulativo: quanto mais territóios o grupo possui, maiores os bônus para a facção. As melhorias incluem aumentos no ganho de experiência, taxa de acerto maior, mais defesa e dano critíco melhorado - e isso é apenas o começo.
Tudo ao alcance de uma tecla
Pessoas curiosas tendem a sair apertando todas as teclas quando começam uma aventura num game online. Como em outras bandas, C está associado ao personagem, I aos itens, M ao mapa, B ao navegador... Sim, navegador.
Antes de qualquer coisa, não pense que o navegador está no jgoo para facilitar o acesso ao Facebook enquanto espera os parceiros de grupo chegarem - tudo bem, é uma das opções, mas não a única, pois algumas missões do jogo exigem conhecimento ou uma busca rápida no Google.
Além dos objetivos convencionais (matar monstros e coletar itens), “The Secret World” tem um grupo de missões de investigação. Essas geralmente acontecem em raids (calabouços fechados), que apresentam os mais variados desafios e vez ou outra vão exigir o uso do navegador.
Uma delas, por exemplo, é dada por um médico que pede ao personagem para verificar alguns arquivos em seu computador. Chegando à máquina, você descobre que precisa de uma senha para acessá-los, e duas dicas são dadas: “Music of the Seasons” e “1723”. Ambas, aparentemente, não dizem muito, mas colocando as duas informações no Google você descobre que precisa digitar “Vivaldi” para continuar. No mínimo diferente.
Completa o pacote do jogo elementos que existem em outras bandas, como criação de itens, ganhar equipamentos ao completar missões (eles, aliás, são uma das poucas formas de elevar o HP do personagem) e o fato de ter que encontrar o seu corpo após morrer para voltar à partida, como em “World of Warcraft”.
“The Secret World” é um game com atributos para abocanhar o prêmio de game online do ano, não fosse por único detalhe chamado “Guild Wars 2”, que chega em 28 de agosto. A briga vai ser boa, e quem ganha são os fãs de um bom RPG online.
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