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Só no Japão: com "Ground Zeroes", criador de "Metal Gear" desafia o mundo

Akira Suzuki

Do UOL, em São Paulo

07/09/2012 17h04

Já fazia quatro anos que não se ouvia falar de um novo "Metal Gear" para consoles, mas esse dia finalmente chegou. E foi no ano que a série completa 25 anos. O criador da série, Hideo Kojima, é um dos poucos designers japoneses que o mundo realmente respeita. Sabendo disso, colocou-se na linha de frente na guerra para mostrar que o Japão ainda é capaz de criar jogos no mesmo nível que as grandes produtoras ocidentais.

E está fazendo isso com um "Metal Gear" ousado, jogando num território em que as companhias ocidentais já estão acostumadas. Kojima admite que jogos em mundo aberto, como pretende ser "Ground Zeroes", são os mais difíceis de fazer. Para concretizar isso, a Kojima Productions, grupo interno da Konami liderado pelo designer, trabalhou nos últimos anos construindo o motor gráfico Fox Engine.

"Precisamos admitir que estamos perdendo para o mundo em tecnologia e entusiasmo. Com a Fox Engine esperamos chegar perto e vamos aumentar a velocidade ainda mais. Estou declarando que a Kojima Productions vai desafiar o mundo, mais uma vez", afirmou o designer. E complementa dizendo que "Metal Gear Solid: Ground Zeroes" não deverá demorar tanto para sair.

Embora ainda não tenha data definida, especula-se que o game saia em 2013, que é o ano da cobra no zodíaco chinês. Kojima já fez um "Metal Gear" para coincidir com esse signo: foi em 2001, quando lançou "Metal Gear Solid 2: Sons of the Liberty".

Trailer legendado de "Metal Gear Solid: Ground Zeroes"

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Analisando os primeiros vídeos de "Ground Zeroes", o Fox Engine parece uma tecnologia bem avançada, que pode fazer frente a motores consagrados do mercado, como a Unreal Engine 3 (usando em "Gears of War", por exemplo) e a CryEngine 3 (que deve mostrar todo seu esplendor em "Crysis 3", a sair em fevereiro de 2013).

"Ground Zeroes" é o primeiro "Metal Gear Solid" em mundo aberto e, por isso, a liberdade de exploração será bem maior que nos outros títulos da série. Resta saber como isso vai se casar com um estilo de jogo que era muito dependente de scripts - e também com as longas cenas não interativas pelas quais a franquia é conhecida.

 

Ídolo virtual aumenta vendas de PS Vita

Com o lançamento do game musical "Miku Hatsune: Project Diva f", o PS Vita melhorou suas vendas, com mais de 50 mil aparelhos comercializados entre 27 de agosto e 2 de setembro. Assim, conseguiu ultrapassar o 3DS XL (44.951 unidades vendidas) e o 3DS (29.342). Na semana anterior, o Vita havia vendido apenas 10.880 unidades.

O fato comprova a popularidade de tudo que cerca Miku Hatsune, uma cantora virtual (é mais ou menos como o Gorillaz, que só existe em forma de desenho). O game da personagem para o PS Vita teve saída de quase 160 mil cópias na primeira semana.

Sucesso

  • Divulgação

    "Miku Hatsune: Project Diva f" é jogo musical com cantora virtual