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Testamos: carreira de "Grid 2" acelera em busca do melhor piloto

Rodrigo Guerra

Do UOL, em São Paulo

14/05/2013 12h01

No início da atual geração de consoles, a Codemasters já estava estabelecida como produtora de jogos de corrida de qualidade. Um dos jogos que reforçou este olhar foi “Dirt”, sucessor espiritual de “Colin McRae Rally”. Nesse quesito a empresa é imbatível: ninguém faz jogos de corrida off-road como eles.

Mas aí surgiu um vídeo que deixou muita gente babando: a apresentação de “Race Driver Grid”. Corridas em várias partes do mundo, de dia e de noite, com os mais variados carros. Quem não ficaria empolgado?

Pois é, o game chegou em 2008 e desde lá a produtora britânica não tocou mais na franquia. Até agora. Cinco anos mais tarde, as corridas de rua de "Grid 2" estão chegando e a empolgação não poderia ser maior, afinal, é um jogo de corrida da grife ‘Codemasters’.

VEJA O TRAILER DA HISTÓRIA DE "GRID 2"

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Sinal verde

A história de "Grid 2" gira em torno de um campeonato mundial onde pilotos de todas as categorias se enfrentam para ver quem é o motorista mais completo. Esse é o World Series of Racing, patrocinado por Patrick Callaham, um milionário que sonha em encontrar o melhor piloto do mundo: aquele que sabe correr em circuitos fechados, com muscle cars, derrapar e vencer todo tipo de prova ao volante.

UOL Jogos pôde testar o início do modo de carreira (e algumas missões mais adiantadas) e, pelo que foi mostrado, a história serve ao seu propósito: dar um motivo plausível para você acelerar bólidos potentes nos mais diferentes cantos do mundo.

O funcionamento do modo de carreira é bem similar ao que vemos nos games de Formula 1 da Codemasters. Você receberá e-mails de sua equipe, dos fãs, de outros pilotos e por aí vai. O computador onde você vê todas essas interações é seu ponto de partida para tudo. Também é um dos lugares onde você acompanha seu progresso na campanha. Porém, diferente da temporada de F1, em alguns momentos você poderá escolher de qual evento quer participar.

No decorrer da história, você é apresentado para o engenheiro de sua equipe, conhece Callaham e vai se envolvendo cada vez mais nesse torneio mundial. Não espere atuações memoráveis, mas pelo menos você terá um incentivo para continuar seguindo em frente, rumo ao topo do ranking.

Jogando para se divertir

A primeira coisa que é preciso ter em mente é que "Grid 2" não é um simulador, porém também não é um jogo arcade. Você não tem que se preocupar com as minúcias da simulação automobilística  como fazer ajustes de cambagem ou da pressão dos pneus, porém, para chegar na frente é necessário frear antes de fazer curvas e evitar ao máximo bater em outros carros.

PONTO DE VISTA

  • "Grid 2" não não vai contar com visão interna em nenhum carro. Segundo a Codemasters, menos de 5% dos jogadores usam essa opção em seus jogos. Será que você faz parte desses grupo seleto de jogadores?

Essa mescla de estilos, típica dos jogos da empresa (você se lembra de "F1 2012"?), será sentida a todo instante. As corridas, por exemplo, são disputadas e bem difíceis mesmo jogando na dificuldade ‘média’.

Mas fique calmo, a dificuldade do jogo é progressiva e você só vai sentir as coisas complicarem para seu lado depois de algumas provas. No começo os percursos são mais simples e os carros nem tão potentes.

Nessa etapa você deve se familiarizar com o botão de Flashback, uma das mecânicas mais bacanas da franquia – e que foi incorporado a outros games, como "Dirt", "F1 2012" e inspirou uma mecânica similar na série "Forza", da Microsoft.

O flashback é uma forma fácil de corrigir erros bobos na direção: com ele você pode voltar a cena uns poucos segundos para evitar uma batida ou uma curva mal feita. Você tem um estoque de 5 usos por corrida  - dependendo da dificuldade esse número pode ser maior ou menor.

Tem gente que diz que esse recurso é uma trapaça sem igual. Para essas pessoas, basta lembrar de não usar o botão Y ou  Triângulo - aí não tem trapaça e você fica tranquilo com sua consciência.

Rotas vivas

Um jogo de corrida só é divertido se: 1º) Os carros são legais e 2º) as pistas são variadas. A primeira parte já está bastante coberta pelos vídeos de divulgação: sabemos que o game terá veículos como um Dodge Viper, o Pagani Zonda e os bons e velhos Camaro e Nissan Skyline, entre outros.

Já as pistas manterão a adrenalina em alta, com a introdução do recurso Live Route, uma ferramenta que muda o traçado no decorrer da competição. Assim, você não poderá decorar o trajeto, já que não é uma pista comum.

O Live Route cria diversos caminhos aleatórios no decorrer da corrida. Você chega em um cruzamento e deve entrar para a esquerda, mas ao reiniciar a prova, aquela mesma curva pode mudar para a direita ou mesmo virar uma reta. Esse tipo de prova é bem divertido e deixa as disputas mais desafiadoras.

Além do Live Route, "Grid 2" conta com diversos traçados oficiais que existem no mundo real. Esse é o caso do Red Bull Ring GP, da Austrália, e do tradicional circuito de Indianápolis, nos EUA.

Alta quilometragem

Durante o período de testes, foram horas e mais horas de corridas em cinco provas de "Grid 2". As corridas foram muito divertidas e desafiadoras. Presenciamos alguns bugs, mas isso já era esperado, pois se tratava de uma versão de prévia do jogo – e pra falar bem a verdade, nem mesmo esses pequenos bugs foram suficientes para manchar a experiência.

No final das contas, jogar “Grid 2” deu aquela mesma sensação de jogar o primeiro game: foi bem divertido e empolgante. Agora é esperar até o dia 31 de maio, data em que o jogo chega com versões para PlayStation 3, Xbox 360 e PC.