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"Disney Infinity" é divertido e variado, mas cobra caro por isso

André Forte

14/06/2013 14h33

Assim como a franquia de sucesso “Skylanders”, “Disney Infinity” tem na compra separada de bonequinhos uma de suas principais características. Mas quem deseja iniciar sua coleção de figuras deve se preparar para colocar a mão no bolso, pois vai sair caro.

Para início de conversa, o jogo só começa para aqueles que têm o pacote de iniciante, chamado Starter, que sai, nos Estados Unidos, por US$ 75. Ele traz três figuras - Sulley, Sr. Incrível e Jack Sparrow - e a base para fazer eles funcionarem no jogo. Como comparação, “Skylanders” cobra US$ 69 para seu kit inicial, que oferece três bonequinhos.

O alto preço do pacote da Disney, porém, é acompanhado por uma novidades única: um cubo, chamado de PlaySet, que adiciona três cenários para jogar com cada um dos heróis.

O peludo assustador Sulley, por exemplo, só pode ser usado em seu cenário, baseado na animação "Universidade Monstros". Já Senhor Incrível só aparece na fase de "Os incríveis", enquanto Jack Sparrow, claro, vive exclusivamente a aventura nos mares de "Os Piratas do Caribe".

O problema, é que apesar de amplo, esse kit não permite experimentar o grande barato do jogo, que é trocar os personagens na base para ver a interação disso na tela da TV. Para tanto, ele terá que comprar os bonequinhos separadamente, cada um por US$ 12,99 ou, caso queira o pacote com três personagens, pagar US$ 39,99.

Mundo aberto e em obras

Ao contrário de “Skylanders”, a ação de Disney Infinity não é nada linear. Os cenários são amplos e abertos, o que dá a liberdade de fazer o que bem entender. Caso seu negócio seja apenas completar missões principais, cada mundo possui desafios que podem render de 5 até 15 horas, dependendo do tema, segundo informou um representante da Disney na E3 2013.

Ao terminá-los, o jogador terá a opção de comprar novos cenários, como o do "Cavaleiro Solitário", que sai por US$ 34,99, mas a Disney já avisa que teremos outros Playsets no futuro.

Como atrativo, “Infinity” também permite multiplayer de até 4 jogadores simultâneos, desde que todos pertençam ao mesmo universo. Nem adianta tentar colocar o Senhor Incrível para passear na Universidade Monstros; ele só poderá ser acompanhado de seus familiares e no seu próprio mundo.

Outra novidade exclusiva de “Infinity” para tentar se distanciar das ideias de "Skylanders" é o modo de edição, chamado pela Disney de Toy Box. Adquirido como um mundo separado, o Toy Box permite que os jogadores criem seus mundos com itens encontrados durante o progresso no jogo principal.

Como exemplo, é possível criar pistas para correr com os carrinhos da animação "Carros", ou montar trechos de plataformas nos cenários de "Monstros" ou do faroeste do filme "O Cavaleiro Solitário".

Outra inspiração de “Skylanders” é vista nos discos de poder, que em “Infinity” têm como diferencial contar com poderes inspirados em outros personagens da Disney que não estão à venda. Esses poderes são encaixados abaixo dos bonecos e oferecem diferentes habilidades, como recuperação de vida. Cada um desses itens sai por US$ 4,99.

VÍDEO APRESENTA O UNIVERSO DE "DISNEY INFINITY"

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Preparando o bolso

Ao jogar, a experiência de mundo aberto de “Infinity” pode deixar os jogadores iniciantes meio perdidos. São muitas coisas para fazer e nem sempre elas são tão óbvias. Há também, para os caçadores de conquistas, diversos itens colecionáveis para aumentar ainda mais o tempo útil de cada cenário.

Os bonecos são muito bem feitos e o nível de detalhes é tão bom quanto os de "Skylanders". E é inegável que o carisma dos personagens da Disney é muito mais atraente para colecionar e deixar exposto do que dos monstros da Actvision.

Não dá para ignorar o fato de que os jogos sustentados por bonecos representam uma tendência cada vez mais constante na indústria de games. E se “Skylanders” tem seus fãs, “Disney Infinity” também tem grandes chances de se destacar nesse mercado. E independente de quanto sai para colecionar todos os brinquedos, a ideia de comprar mundos novos para ampliar o repertório de “Infinity” sugere um longo tempo de vida para ele.

Se a ideia da Disney for realmente essa, o investimento pode valer a pena.