Testamos: "DriveClub" tem bons gráficos, mas engasga na partida

Os criadores de “MotorStorm” estão com um pepino nas mãos: Eles sabem que o PlayStation 4 precisa de um excelente jogo de corrida para seu lançamento mas seu novo título, “DriveClub”, está longe disso.

Durante a E3 2013 o estúdio deu a UOL Jogos a oportunidade de testar o game. No canto da tela uma marca d'água já avisava: "jogo em desenvolvimento. 35% completo". Isso era nítido na demonstração, pois de positivo, “DriveClub” mostrou apenas um belo visual e uma boa resposta dos carros, nada mais.

A premissa aqui é simples: pegue seu carro, escolha uma pista e desafie seus amigos. Isso pode não parecer muita coisa diante da variedade de jogos de corrida atuais, com modalidades diversas e opções para todos os gostos, mas é o que temos no cardápio.

Desafios

A versão de testes que estava disponível no estande da Sony trazia dois carros para serem experimentados, o Audio R8 V10 Plus e o Pagani Huayra. Nos dois casos o jogador deve aprender como domá-los para ficar na pista.

Enquanto o Audi era selvagem nas curvas, o Pagani era uma fera que não aceitava andar devagar nos pontos de baixa velocidade. A pista, em algum ponto da Europa, tinha duas retas enormes, algumas curvas e chicanes.

O traçado era preenchido com desafios estabelecidos por outros jogadores, como fazer derrapagens em certas curvas, fazer o melhor traçado em outras e atingir a velocidade máxima no final de uma reta.

Segundo o representante do Evolution Studios, na versão final de "DriveClub", os jogadores poderão escolher postar seus próprios desafios para os amigos e outros jogadores da PlayStation Network.

Visual detalhado, mas jogo insosso

Os carros de "DriveClub" são incrivelmente detalhados e a visão padrão é do cockpit. O representante do estúdio disse que o interior dos carros é capturado com ajuda dos fabricantes para que, dessa forma, nenhum detalhe seja deixado de lado.

A questão maior que permeou toda a demonstração é que “DriveClub” é insosso. Ele tenta seguir sem sucesso o caminho de “Grid”,  buscando um meio termo entre simulação e corridas arcade. Mas correr sozinho numa pista sem outros competidores acaba tirando o brilho e a emoção da disputa de um jogo de corrida. 

Para completar o sistema de danos nos carros não é o que você esperaria de um jogo "para próxima geração". Bater de frente apenas riscava a lataria, em um efeito meio grostesco que lembra os primeiros “Forza Motorstport”, com texturas de batida aparecendo e desaparecendo do nada.

Claro, tenho em mente que falta muito ainda para ser feito, mas “DriveClub” precisa provar a que veio. Talvez a demonstração escolhida para a E3 não tenha sido a melhor. Vamos esperar para ver como o jogo se sai quando ele chegar junto com o PS4 no final do ano.