"Thief" apresenta múltiplas opções de caminhos e péssimos controles
Sempre gostei de jogos com estilo furtivo, seja "Assassin's Creed", no qual muitas vezes é preciso cometer assassinatos sem chamar a atenção de inimigos, ou mesmo em "The Elder Scrolls V: Skyrim", para ganhar bônus em ataques surpresa.
"Thief", da Square Enix, não é diferente e se baseia inteiramente na ideia de concluir missões de maneira oculta, cobrando um preço salgado caso o jogador seja descoberto. O problema é que seus movimentos são tão travados e limitados que tornam a aventura completamente irritante e demorada.
Na demonstração de pouco mais de 30 minutos vista na E3, fiquei empolgado em poder escolher caminhos diversos para concluir as fases. O objetivo era furtar a chave de um capitão da polícia e usá-la para entrar em uma mansão. Comecei na entrada de um jardim e notei que três guardas faziam uma ronda noturna, enquanto um cachorro ficava preso em uma gaiola apenas dormindo.
Decidi lançar uma flecha com água para apagar uma tocha que iluminava o caminho, mas dois policiais ouviram e rapidamente a acenderam novamente. Porém, como ambos abriram espaço no meio do caminho, tive tempo para tentar escalar uma espécie de estátua grega que me abriria caminho por cima dos guardas.
Encostei na parede e apertei o botão X do controle do PlayStation 4 para pular. Nada ocorreu. Tentei correr e pular, mas nada adiantou. O fato é que você não possui a liberdade de pular no momento em que desejar. Só é possível fazer isso quando um ícone de salto aparece na tela.
Vários instantes depois de tentar sem sucesso, um dos inimigos já havia voltado e estragou meu plano. Um combate desastroso teve início, pois um botão servia para atacar e outro para defender, mas os golpes pareciam tão artificiais que nem passavam a sensação de luta. Algumas batidas depois, o derrotei e deixei ali mesmo, no escuro. O cachorro, a poucos metros do local, acordou e latiu, por causa do barulho da luta. A partir daí, os dois outros guardas apareceram e trouxeram reforços que pareciam brotar do chão. Me escondi no escuro e tive que começar a fase do início.
Segui por outro caminho e tive sucesso. Consegui entrar na mansão, mas demorei demais para chegar ao local justamente pela dificuldade de locomoção. Tudo parece muito lento e os controles não respondem aos comandos rapidamente.
Em "Assassin's Creed", por exemplo, o personagem consegue pular de um prédio a outro de várias maneiras e o jogador possui liberdade total, inclusive de errar o cálculo e ver Ezio caindo de distâncias absurdas. O problema em "Thief" é que ele não te dá chance ao erro, limitando os momentos em que pode pular, escalar ou usar armas.
A ideia dos múltiplos caminhos parece excelente, mas faltou confiar mais nas habilidades dos jogadores. Talvez a demonstração quisesse facilitar a vida de 'ladrão virtual', mas me pareceu que aquele será o formato final. Vale ficar de olho, mas não espere por algo na linha de "Dishonored", pois falta muito para "Thief" ficar realmente divertido. O jogo ainda não possui data de lançamento definida, mas estará presente no PlayStation 4, Xbox One e PC.
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