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Só no Japão: dona da Atlus pede falência e preocupa jogadores

Akira Suzuki

Do UOL, em São Paulo

28/06/2013 19h13

A Atlus está em perigo. Tudo por que a Index, sua proprietária, entrou com um pedido de reestruturação judicial, ou seja, está ruim de finanças e requerendo um tempo aos credores para colocar a casa em ordem.

Mas a situação da produtora de jogos sociais e para celulares não está nada boa. Ela está sendo investigada por suspeita de 'maquiagem' nos balanços financeiros, inflando vendas e lucros através de transações fictícias que envolvem mais de cem empresas. A companhia busca investidores, mas seu nome está na lama agora.

O drama, obviamente, não é pela Index em si, mas pelo destino da Atlus, uma produtora particularmente querida dos japoneses e também com bastante fãs fiéis pelo mundo. A companhia é conhecida principalmente pela série "Yggdra Union" e "Shin Megami Tensei" (e das franquias geradas por ela, como "Persona" e "Devil Summoner").

Como publisher, foi responsável por lançar, nos EUA, títulos como "Demon's Souls" e "Catherine", ambos para Xbox 360 e PlayStation 3. E, na época do PlayStation 2, trouxe games do quilate de "Odin Sphere", "Disgaea: Hour of Darkness" e "Rule of Rose".

A Atlus afirmou que, ao menos no Japão, o cronograma de lançamento dos jogos continua o mesmo: "Dragon's Crown", da Vanillaware", sai em julho, e os conteúdos por download de "Shin Megami Tensei IV" estão sendo desenvolvidos.

Quem vai ficar com a Atlus?

Em blogs e fóruns da internet tem muita gente desejando que a Nintendo ou a Sony comprem a Atlus. A companhia já fez parcerias com a Big N e está desenvolvendo um 'crossover' entre "Fire Emblem" e "Shin Megami Tensei". O fato de a Monolith Soft, de "Xenoblade Chronicles", estar fazendo ótimos jogos desde que foi comprada pela Nintendo, anima os jogadores que desejam ver a Atlus sob o guarda-chuva da casa de Mario Bros.

A Sony também teria muito a ganhar com a Atlus, ainda segundo opiniões de fóruns, dado que "Persona 4: The Golden" é um dos melhores títulos do PS Vita. O que ninguém quer é ver a empresa ser levada por publishers de jogos sociais ou para celulares, mas essas são as que mais tem crescido nos últimos anos e estão com dinheiro de sobra em caixa.

Boa sorte, Atlus.