Impressões: Escolha sua forma de jogar em "Splinter Cell: Blacklist"
Sam Fisher voltou ao seu habitat natural. O agente da Third Echelon passou por poucas e boas, até virou um renegado lutando contra a própria organização. Em "Splinter Cell: Blacklist", o espião está no controle de uma nova agência, a Fourth Echelon e que responde diretamente à presidente Patricia Caldwell.
O mais importante é que ele é um chefão barra-pesada, que não vai ficar atrás de uma mesa de escritório e perder toda a ação. Sam é um dos operativos da nova agência e sua primeira grande missão será enfrentar uma ameaça terrorista conhecida como 'Blacklist' , uma lista negra organizada por 12 terroristas conhecidos como "Os Engenheiros", que estão espalhados em diversos países do mundo.
É aqui que o relatório acaba e nossa missão começa: UOL Jogos teve a oportunidade de testar um estágio do novo "Splinter Cell" ao lado de Rafael Morado, brasileiro que está infiltrado na Ubisoft Montreal – ele é o game designer do modo multiplayer Spies Vs. Mercs, uma das três modalidades de jogo em "Blacklist".
Destino: Paraguai
De forma bem resumida, a 'Blacklist' é uma 'contagem regressiva' para atentados cada vez maiores contra os EUA.. A missão de Fisher, claro, é encontrar quem está por trás de tal movimento e acabar com eles antes que a contagem chegue a zero.
Nossa missão se passa no Paraguai, onde Sam deve invadir uma base na tentativa de encontrar um desses 'engenheiros'. Rafael, que naturalmente conhece a fase melhor, mostrou como fazer a incursão sem ser detectado e ganhando pontos de "Ghost" (veja mais detalhes no box ao lado).
SAM FISHER DO SEU JEITO
"Blacklist" se adapta ao estilo do jogador. Os fãs dos "Splinter Cell" antigos vão poder jogar na surdina e sem chamar atenção, ganhando pontos de Ghost em cada ação. Já quem é furtivo, porém letal, como Sam era em "Conviction", vai ganhar pontos de Panther. Por fim, se quiser jogar como em um game de tiro, você vai ganhar pontos de Assault. Esses pontos liberam novos itens para serem pesquisados e a Ubisoft acredita que dessa forma os jogadores terão mais motivos para jogar a campanha mais de uma vez.
O designer mostrou as novidades como o centro de operações da Fourth Echelon e revelou que agora as missões não são lineares como nos games anteriores. O jogador terá uma série de objetivos que podem ser feitos na ordem que desejar. Conforme vai avançando no enredo, novas missões vão sendo liberadas.
No centro de operações Sam também pode aperfeiçoar seus equipamentos e decidir o que vai levar para campo.
"Agora vou ter que invadir essa casa , mas antes vem a parte de customização. Você vai notar que o loadout [o menu de equipamentos] é um pouco diferente do Spy Vs. Mercs, você pode escolher a Stick Cam por exemplo. Deixamos de fora alguns itens que poderiam quebrar o game [no multiplayer], mas a maioria dos itens existem nos dois modos de jogo", disse.
A missão era invadir uma mansão fortemente guardada. Rafael se esgueira pelos cantos e faz coisas bacanas para passar pelos guardas, como deixar uma mina de taser ao lado de um soldado desmaiado – aí quando a patrulha vê o corpo caído, acaba caindo em uma armadilha. Mais adiante, Sam chega em uma garagem onde ele encontra um outro guarda e, dessa vez usa a EMP para apagar as luzes e derrubar o inimigo.
A última seção fica em um grande quintal onde existem três guardas e um cachorro. Ele usa a Stick Cam para chamar a atenção de um guarda e derruba-o com um gás sonífero. Para não chamar a atenção de outros guardas, Fisher corre para esconder o corpo. Ele marca todos os inimigos restantes, eliminando todos rapidamente e acaba com a demonstração.
Agora era a minha vez de jogar.
Mortal e mortífero
Sam foi bem mais brutal nas minhas mãos. O sistema de execução, no qual vários inimigos são mortos com um simples toque de botão, está mais fácil de ser obtido – quem jogou "Conviction" certamente se lembra que o agente precisava estar próximo a um inimigo e nocauteá-lo para conseguir as barras de ação.
Meu agente era menos tático e mais corporal – nocauteei os dois primeiros soldados sem usar nenhum gadget – e esse foi meu erro. Tudo ia bem até chegar na garagem, quando um dos soldados percebeu minha sombra e disparou um alarme.
E3 2013: VEJA O TRAILER DE "SPLINTER CELL: BLACKLIST"
Consegui acabar com o dedo duro e corri para um lado mais escuro, porém eu não sabia que justamente naquele canto existia uma porta, uma porta que simplesmente explodiu ao ser chutada por um guarda. Ele não pensou duas vezes e disparou um tiro de escopeta bem no meio do peito de Sam. Morri.
Ao voltar do check point, não muito longe dali, eu consegui fazer o que queria – quebrar o guarda da garagem para conseguir minhas ações de execução e passar pelo quintal sem problemas.
O problema era que eu tinha apenas três ações e quatro inimigos para executar – três guardas e um cão. A matemática foi simples: usei a Sticky Cam para acabar com um dos guardas e o 'gran finale' foi com um comando de Execute bem aplicado. Me senti o próprio Jason Bourne, só que mais empolgado.
Rafael se surpreendeu e disse pra mim "Você foi bom. Se acostumou rápido e morreu só uma vez". Confesso que ouvir isso de um produtor do jogo me deixou um pouco convencido.
Com isso, lá se foram 15 minutos de ação de "Spliter Cell: Conviction". Não consegui, nem tentei usar minhas armas como em um shooter em terceira pessoa, mas percebi que o game utiliza bem os recursos popularizados por "Gears of War", como usar a cobertura e os gatilhos para mirar e atirar.
No final da apresentação fiquei com vontade de jogar mais. Por sorte a espera não será longa: "Splinter Cell: Blacklist" chegará ao Brasil em 20 de agosto no PC, X360, PS3 e Wii U totalmente em português: legendas, menus e até mesmo os diálogos serão dublados, pela primeira vez na série.
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