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Mercado brasileiro de games será tema de palestra na TGS

Theo Azevedo

Do UOL, em São Paulo

12/09/2013 12h17

A indústria de games do Japão está em xeque: incapaz de sustentar-se apenas com o mercado interno, a Terra do Sol Nascente sabe que precisa emplacar, e rápido, no Ocidente. E isso inclui o Brasil, que será tema de uma palestra no circuito internacional de negócios da Tokyo Game Show, feira de games que começa na próxima semana.

“Brasil: As oportunidades e desafios de um dos mercados de games que cresce mais rapidamente no mundo” é o título em português da palestra, que acontecerá na sexta que vem (20), ministrada por Mitikazu Lisboa, CEO da Hive Digital. “O [mercado de games do] Japão não consegue mais se sustentar e descobriu que o futuro está no Ocidente e em outras plataformas que não os consoles”, conta o empresário.

Com cerca de 50 funcionários no Brasil e escritório nos Estados Unidos, a Hive Digital faturou R$ 8 milhões em 2012, impulsionada principalmente pelo setor de jogos para o mercado publicitário. São cifras que certamente chamaram a atenção da Jetro (Japan External Trade Organization), que fez o convite para a palestra de Lisboa.

O empresário vai falar com homens de negócios do Japão sobre como amplificar oportunidades por estas bandas. Qual é a vantagem para a Hive nisso tudo? “Ter empresas estruturadas no Brasil ajuda a evoluir o mercado como um todo e, consequentemente, meus negócios também”, explica.

Talvez o principal exemplo dessa nova abordagem do Japão em relação ao Brasil seja a Square Enix, que já aposta em jogos desenvolvidos por empresas locais, e que serão voltados para o mercado nacional. Os títulos e as desenvolvedora brasileiras envolvidas no projeto ainda são mantidos em segredo, mas novidades sobre o assunto devem pintar até o final do ano.

Somem-se a isso os recentes esforços de gigantes do mercado como Capcom e Konami, com games dublados em português, escritórios locais e ações de marketing, e fica claro que, pelo menos quando se fala em ganhar dinheiro com jogos eletrônicos, nunca o Brasil foi tão importante para o Japão.