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Shooter gratuito brasileiro "Project Tilt" tem velocidade de "Quake" em 2D

Pedro Henrique Lutti Lippe

do Gamehall

01/10/2013 14h49

Preencher uma lacuna na lista de games do Facebook. Essa é a proposta do brasileiro "Project Tilt" nas palavras de seu designer, Eduardo Lamhut.

Ainda em processo de desenvolvimento, o jogo já está disponível para teste aberto como um aplicativo na rede social, e tenta ser "uma mistura de jogo casual com elementos 'hardcore'", que não cobra grandes investimentos de tempo mas busca manter uma base fiel de usuários com mecânicas profundas de combate.

"Na verdade 'Tilt' nasceu da pergunta 'por que não há nenhum game que queremos jogar no Facebook?'", explica Lamhut.

O jogo pode ser testado aqui.

TRAILER MOSTRA A JOGABILIDADE DE "PROJECT TILT"

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Mistura

"Project Tilt" é um jogo de ação multiplayer online em que jogadores devem enfrentar seus amigos em combates com armas em arenas bidimensionais. No controle de robôs de aparência personalizável, os usuários têm como objetivo eliminar o maior número possível de vezes seus oponentes em um intervalo de cinco minutos usando um vasto arsenal.

"'Soldat' é a inspiração da mecânica principal do jogo, de um shooter 2D, mas usamos muito do 'Quake' pare decidir a velocidade do jogo, quão frenético ele iria ser", detalha Lamhut ao ser questionado sobre as origens do conceito por trás do game. "E nosso ingrediente incomum é 'Mario Kart', em que seu amigo usa um casco azul para te ultrapassar no último momento e vencer. Ele é a nossa inspiração em termos das sensações que queremos passar aos jogadores".

Sem microtransações, o jogo é atualmente exclusivo para o Facebook. A produtora por trás de seu desenvolvimento, chamada de BitCake Studio, tem planos ambiciosos para o futuro, mas prefere pensar em finalizar o game antes de dar passos rumo a outras plataformas. "Queremos lançar 'Tilt' no Steam, no Kongregate, no Miniclip e quem sabe um dia nos consoles. Mas o jogo ainda está em 'pré-alpha' e temos muito trabalho para fazer antes de sequer pensarmos em ports", afirma o designer.

Perspectivas

Lamhut, que trabalhou anteriormente em "Takô Online" e conta com a ajuda de várias das cabeças por trás de "Dungeonland" na criação de seu novo projeto, vê com um otimismo cauteloso o cenário da indústria de games brasileira. "Ela está em um momento muito legal, com vários estúdios bons surgindo pelo país", diz.

"Antigamente existia no Brasil uma mentalidade de segredinhos. Ninguém revelava ou ensinava como se fazia jogos, e cada estúdio vivia em seu mundinho fechado", explica o designer. "Mas hoje em dia eu precebo uma mudança radical nesse pensamento. Existem por aí diversos grupos de discussão exclusivos para os desenvolvedores e membros da indústria."

"O mercado está crescendo. Mão-de-obra é o que não falta, mas o Brasil carece demais de 'know-how'. Nós precisamos aprender ainda como se constrói jogos e como se ganha dinheiro com eles. Muitos estúdios por aqui fazem bons jogos mas perdem pelo lado 'business' da indústria", opina Lamhut.