Apesar de problemas, portátil Supaboy é forma prática de jogar SNES na TV
Por mais que uma nova geração de videogames já se aproxime no horizonte, ainda há muitos fãs dos consoles das antigas, preservando carinhosamente seus cartuchos.
De olho nessa galera a Hyperkin lançou oficialmente no Brasil o Supaboy, um Super Nintendo portátil compatível com cartuchos do velho console 16-bits (e sua contraparte japonesa, o Super Famicom).
Com preço sugerido de R$ 450, o aparelho não faz muito jus à tradicional qualidade dos hardwares da Nintendo, mas cumpre de forma minimamente competente a função de poder jogar Super Nintendo de forma fácil e prática na TV.
Lista de problemas
De cara, fica a dica: tenha em mão um ou dois controles do console que a experiência melhora e muito.
Isso porque os botões do desajeitado portátil não são lá muito confiáveis, em especial o direcional digital, bastante impreciso.
Não confie muito também na telinha de 3.5 polegadas do videogame e prefira conectá-lo à TV por meio do cabo composto que o acompanha. A pobre definição e taxa de atualização do pequeno visor e a baixa qualidade sonora dos alto-falantes embutidos não se comparam à experiência de jogar na tela grande.
Até em fotos oficiais da Hyperkin a qualidade do visor do Supaboy não é das melhores...
Outro ponto contra usar o Supaboy como um portátil é a qualidade da bateria. A duração é satisfatória, com quase 5 horas quando está totalmente carregada, mas isso só vale logo depois de tirar da tomada.
Em nossos testes, carregar o Supaboy e só ligá-lo algumas horas depois resultava em um tempo de bateria muito menor. Para facilitar, era melhor deixá-lo plugado direto na tomada - o que diminui bastante o valor do aparelho como um portátil.
O videogame não foi perfeito também nos testes de cartuchos. O Super Nintendo possui alguns cartuchos equipados com chips especiais que concedem mais poder gráfico e outras melhorias, mas nem todos os hardwares que não são da Nintendo rodam eles sem problemas.
Dentre as 'fitas' deste tipo, rodamos sem problemas "Super Mario RPG", "Street Fighter Alpha 2" e "Star Fox", mas "Mega Man X2" não funcionou.
Portátil para jogar na TV
Problemas à parte, o Supaboy acaba sendo opção prática para reviver clássicos dos cartuchos do 16-bits da Nintendo
Mesmo entre tantos pequenos problemas, o Supaboy ainda encontra grande valor como uma forma fácil e prática de aproveitar seus cartuchos antigos.
O videogame pode ser conectado tranquilamente a televisores, dispensando a ruim telinha de LCD, e as entradas para controles permitem deixar de lado também os botões ruins do aparelho. Jogando na TV dá também para deixá-lo ligado direto à tomada, minimizando o problema da bateria que acaba rápido.
Além disso, ainda que a compatibilidade do Supaboy não seja infalível, a grande maioria dos cartuchos do querido 16-bits funcionam nele. Por mais que o preço não seja dos mais camaradas, é uma ótima opção para quem já não tem um Super Nintendo na melhor das formas ou quer carregar seus hábitos nostálgicos mais facilmente para todo canto.
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