UOL Jogos Mobile: "Skulls of the Shogun" e "Device 6" são destaques

O único problema real de "Device 6" é que ele só pode ser jogado por aqueles que dominam o inglês.

Uma mistura entre narrativa em texto, sons que tornam palpáveis os cenários e quebra-cabeças engenhosos que utilizam lógica e a tela sensível ao toque dos dispositivos iOS, o novo projeto da devhouse sueca Simogo envolve os jogadores com um texto inventivo que salta com naturalidade do horror para o humor para o horror e conclui com um dos mais satisfatórios finais do gênero.

Girar o iPhone constantemente em busca das letras que se perdem pela tela é divertido no início, mas torna-se um pouco inconveniente com o passar do tempo. Por isso, dá para afirmar que o game está em seu formato ideal no iPad. Mas a experiência é válida em qualquer uma das plataformas compatíveis.

A Tiny Rebel Games precisava de alguma marca conhecida para atrelar ao seu clone barato de "Puzzle & Dragons", e encontrou a opção perfeita nas mãos da BBC, que carrega os direitos da adorada franquia "Doctor Who".

Infelizmente para eles, nem mesmo o carisma dos personagens da série, redesenhados com um estilo artístico interessante, serve para esconder quão sem criatividade o game é. A jogabilidade do popular jogo japonês, em que o objetivo é combinar gemas da mesma cor com agilidade para desferir golpes em oponentes no maior estilo RPG, está idêntica no jogo britânico.

"Puzzle & Dragons" é divertido, tem mais jogadores do que esse clone, e não sofre com problemas de conexão. Prefira o original.

Antes um exclusivo do Windows Phone no âmbito mobile, "Skulls of the Shogun" chegou ao iOS com todo o conteúdo adicional de sua "Bone-a-Fide Edition".

Com sua jogabilidade de estratégia por turnos, porém ágil inspirada diretamente pela franquia da Intelligent Systems "Advance Wars", o game brilha em sua campanha e também em seu modo multiplayer. Cada jogador tem um limite de cinco ações por turno, independente do número de unidades sob seu controle. Com essa regra em mente, o time de desenvolvimento criou um jogo de fácil entendimento, mas difícil domínio, em que complexas estratégias podem ser empregadas para garantir vitórias.

Os que quiserem jogar com amigos podem fazê-lo localmente, passando o dispositivo em questão de mão em mão, ou então online. Esta segunda opção é assíncrona - o que significa que os jogadores não precisam estar conectados ao mesmo tempo para desfrutar de uma partida. Até a publicação desta coluna, o game pecava apenas por parar de funcionar com certa frequência no iPhone 4S - algo que deve ser consertado com uma atualização.

Dos criadores do imensamente popular "Candy Crush Saga", "Papa Pear Saga" tenta prender os jogadores com o mesmo estilo de apresentação: um mapa é povoado por um número aparentemente infinito de fases, que devem ser vencidas com uma, duas ou três estrelas dependendo da pontuação final.

Em termos de jogabilidade, ele parece um clone de "Peggle", em que o objetivo é disparar bolas contra obstáculos elimináveis que concedem pontos ao serem atingidos. Não é nada particularmente novo ou intrigante, mas funciona - principalmente porque a King.com se preocupa com interface e os pequenos detalhes. É grátis, então merece uma conferida.

Extremamente sem graça, "Skateboard Slam" é mais uma cópia barata sem alma a sair das portas da Zynga. O jogo promete "corridas de skate de alta octanagem e em alta velocidade" - e nem isso consegue entregar.

Enquanto movimentam-se pelos cenários lineares coletando moedas e realizando "truques" ativados com meras deslizadas de dedos, os personagens de aparência customizável mais parecem estar caminhando do que sobre rodas - e isso mesmo quando o modo 'turbo' e ativado.

O fato do jogo não ser grátis e mesmo assim estar repleto de microtransações bobas só piora o gosto deixado na boca. Fique longe.