UOL Jogos Mobile: "Colossatron" brilha com proposta original e viciante

Poucos desenvolvedores mobile têm o pedigree da Halfbrick - conhecida por clássicos instantâneos como "Fruit Ninja", "Monster Dash" e "Jetpack Joyride" -, e ainda menos deles conseguem manter-se em tal posição privilegiada a cada novo lançamento. Mas a Halfbrick é um desses estúdios.

"Colossatron: Massive World Threat" é talvez seu melhor jogo. O título coloca os fãs no controle de um enorme robô alienígena no formato de uma cobra, que tem por meta pessoal destruir o maior número possível de cidades humanas. A movimentação da criatura em si é automática. O que os jogadores controlam é sua expansão por meio de peças acopláveis que aparecem voando pela tela.

Separadas por cores, tais peças são armas diferentes, que combinam-se quando conectadas a outras de cores específicas. Ao colocar canhões vermelhos lado a lado, estes se unem para formar um canhão ainda mais poderoso. A cada expansão, o corpo do Colossatron fica maior, tais quais seu poder destrutivo e sua resistência.

É uma experiência simples, porém muito viciante. As constantes explosões e a sensação de poder fazem de "Colossatron" um jogo catártico e divertido.

É normal que sequências de jogos casuais sirvam como mais do mesmo em relação aos originais, inovando pouco e apenas oferecendo mais e mais estágios que, apesar de novos, parecem familiares. Não é o caso de "Cut the Rope 2".

Como o título do game não mudou, é óbvio que a mecânica de corte de cordas para a resolução de quebra-cabeças segue intacta. O diferencial da sequência é a quantidade de novidades que ele traz para incrementar essa experiência básica, criando estágios desafiadores até mesmo para os que conseguiram três estrelas nos outros games da franquia.

E isso é muito marcante. Lá pela 10ª fase o jogo já está mostrando ideia nova atrás de ideia nova e cobrando criatividade de raciocínio dos fãs. A inclusão dos amiguinhos de Om-Nom também é muito bem-vinda. Enfim: ao contrário de "Where's My Water? 2", "Cut the Rope 2" é uma sequência que faz tudo certo. Vale a conferida.

"Tekken Arena" é um "jogo" - entre aspas mesmo - fabricado como um caça-níqueis. Ele oferece o mínimo em termos de mecânicas e o máximo em opções de microtransações, e é praticamente impossível não perceber sua verdadeira natureza através da terrível interface de usuário.

O game gira em torno de "combates" entre figuras estáticas personalizáveis com o estilo gráfico de "Tekken". Em tais cenas de luta, o jogador tem apenas duas opções de comandos, e o sucesso depende mais de números de atributos do que em técnica.

Para divertir-se com "Tekken Arena", é preciso ter uma forte resistência a contadores de tempo limitando suas ações e a constante ameaça do fracasso se você não gastar dinheiro real. Sim: é difícil divertir-se com "Tekken Arena".

Desenvolvido pela Ninja Theory, criadores de "Enslaved: Odyssey to the West" e "DmC", "Fightback" é um game de ação extremamente simples, mas que ganha pontos positivos por sua apresentação detalhada e seus gráficos agradáveis.

O protagonista do jogo é um brutamontes que deve resgatar sua irmã de um vilão bem estereotipado. Em termos de história, "Fightback" nem ao menos tenta escapar dos clichês. E tudo bem.

Em sua mecânica, ele envolve um sistema de combate que lembra um pouco o da série "Batman: Arkham". Inimigos avançam contra o herói um por vez, enquanto este deve desviar de suas investidas e desferir combos com comandos simples feitos na tela sensível ao toque. É uma experiência bastante indolor, mas que satisfaz.

Um problema que vale citar é a enorme quantidade de telas de carregamento, que interrompem a ação mais do que deveriam. O fato de um power-up pago de invencibilidade existir também incomoda - mas, no fim das contas, pouco importa.

Lançado de completa surpresa na AppStore, "Tomb Raider I" é uma versão mobile da primeira aventura da heroína Lara Croft, que debutou originalmente em 1996 para PlayStation, Saturn e PC.

Enfrentando desafios de plataforma e uma série de ameaças mais vivas, que vão de lobos a dinossauros, Lara acaba envolvida em uma trama envolvendo antigos artefatos e poderes sobrenaturais.

Em um iPhone 4S e no iPad 2, o jogo roda bem, e de uma maneira bastante familiar para os que já testaram o original. Seu maior problema, como é de se esperar, reside na existência dos controles sensíveis ao toque. Apesar de terem posicionamento personalizável, eles acabam impedindo que Lara movimente-se com a agilidade que ela está acostumada. Um porém: há suporte ao uso de controles.

Para fãs da série em busca de nostalgia, o baixo preço compensa.

Lançado como um aplicativo companheiro para o game de PlayStation 3 "Ratchet & Clank: Into the Nexus", "Before the Nexus" é mais um 'endless runner' completamente descartável. A justificativa de sua existência: pedaços de Raritanium obtidos no celular ou no tablet podem ser enviados para o console... Mas o fato é que já não é difícil obtê-los no jogo principal.

O game tem dois "estágios": um em que Ratchet deve deslizar por trilhos, e outro em que ele deve desviar de obstáculos enquanto atira contra inimigos.

Estranhamente, simples deslizadas laterais não são reconhecidas pelo jogo, que ainda sofre por excesso de informações na tela. Em um iPhone 4S, "Before the Nexus" enfrenta alguns problemas de performance - o que não é aceitável considerando a simplicidade de sua jogabilidade.