Veja 12 franquias que a Microsoft precisa ressuscitar no Xbox One

Sempre que a conversa chega em franquias exclusivas de cada console, as plataformas Microsoft ficam em desvantagem diante das diversas propriedades dos concorrentes Sony e Nintendo. Mas com um pouco de pesquisa, você descobre que a casa do Xbox One conta com várias marcas meio adormecidas nos últimos anos, como "Crackdown" e "Blue Dragon", entre outras.

Lançamento de console é sempre uma boa época para criar jogos originais, mas também pode ser o momento de reviver franquias antigas, seja resgatando personagens esquecidos a tempos ou reimaginando completamente uma série do passado. A Microsoft já sinalizou essa direção com o game de luta "Killer Instinct", um dos primeiros jogos do Xbox One.

UOL Jogos selecionou dez outras franquias que a Microsoft precisa reviver no Xbox One. Veja:

1. Age of Empires

Surgiu em: Age of Empires (PC), 1997 | Ensemble Studios
Visto pela última vez: Age of Empires Online (PC),2010 | Robot Entertainment

A produtora Ensemble Studios deixou saudades quando fechou as portas em 2008, principalmente entre os fãs da franquia de estratégia em tempo real "Age of Empires" - e o fiasco da versão gratuita e online do game não ajudou. A série inspirada em civilizações reais e batalhas históricas reinou nos computadores, mas passou por alguns consoles ao longo dos anos.

Com "Halo Wars", a Ensemble mostrou que é possível fazer um RTS jogável no controle e um novo "Age of Empires", que utilizasse comandos de voz do Kinect, multiplayer via Xbox Live e gráficos de ponta poderia ser tão bom que até aceitaríamos as inevitáveis campanhas adicionais via download.

2. Alan Wake

Surgiu em: Alan Wake (Xbox 360), 2010 | Remedy
Visto pela última vez: American Nightmare (PC),2012 | Remedy

Nós sabemos que a Remedy está bem ocupada trabalhando em "Quantum Break", ambiciosa franquia transmídia do Xbox One, mas depois que entregar o game, bem que poderia voltar por um tempo para as aventuras do escritor Alan Wake.

"Alan Wake" é uma franquia de suspense e ação, com elementos típicos dos romances de Stephen King ou seriados como "Twin Peaks". A sequência, "American Nightmare", se inspirou em outro terreno fértil da ficção: seriados trash como "Além da Imaginação" e "Twillight Zone".

3. Banjo-Kazooie

Surgiu em: Banjo-Kazooie (N64), 1998 | Rare
Visto pela última vez: Banjo Tooie (X360), 2009 | 4J Studios

"Banjo-Kazooie" é a primeira de muitas franquias da Rare a figurar nesta lista. Não é a toa, a produtora que hoje cuida dos Avatares do Xbox Live e de "Kinect Sports" está entre as mais prolíficas da época do Nintendo 64. Os jogos da franquia já apareceram no Xbox 360, mas nunca com o devido esmero.

Por exemplo, não há um game de plataforma mais tradicional de "Banjo-Kazooie" desde "Tooie", em 2000. Jogos como "Rayman Legends", "Puppeteer" (PS3) e "Super Mario 3D World" (Wii U) já mostraram que existe espaço e público para jogos de plataforma cheios de criatividade - quem sabe se a Rare investisse em um lançamento exclusivo para download para resgatar o brilho de "Banjo-Kazooie" e abrir espaço para games mais experimentais?

4. Battletoads

Surgiu em: Battletoads (NES), 1991 | Rare
Visto pela última vez: Super Battletoads (arcade), 1994 | Rare

Lembrado com carinho masoquista pelos veteranos do NES, "Battletoads" é uma das muitas franquias adormecidas da Rare - que hoje pertence à Microsoft. Desde 1994, quando "Super Battletoads" ganhou uma adaptação para os fliperamas, a Rare não encosta na franquia. Uma versão para GBA do game original nunca chegou a ser publicada.

Agora que a Microsoft ressuscitou "Killer Instinct", quem sabe os sapos brigões de "Battletoads" não seguem o mesmo caminho? De quebra, uma edição "premium" do game poderia incluir "Super Battletoads" em alta definição no pacote.

5. Black & White

Surgiu em: Black & White (PC), 2001 | Lionhead Studios
Visto pela última vez: Black & White Creatures (DS), 2007 | Lionhead Studios

Uma das criações mais aclamadas de Peter Molyneux (de "Fable" e "Dungeon Keeper"), "Black & White" colocava o jogador no controle de uma enorme divindade - um monstro com vários metros de altura, para ser mais exato - que era responsável por uma pequena civilização. Você tinha liberdade para aterrorizar ou cuidar dos seus súditos, protegê-los ou infernizar a vida deles.

O game teve uma sequência no PC e uma versão portátil para Nintendo DS, lançada em 2007. Com a saída de Molyneus da Lionhead, um time de jovens designers poderia pegar o conceito, a liberdade de ação e adaptar para um ambiente online, talvez acrescentando elementos de gerenciamento e criação - mecânicas que fazem de "Minecraft" um dos maiores sucessos do Xbox 360.

6. Blue Dragon

Surgiu em: Blue Dragon (X360), 2007 | MistWalker
Visto pela última vez: Blue Dragon: Awakened Shadow (DS), 2010 | Mistwalker

O Xbox 360 foi o console menos popular no Japão. Para tentar reverter um pouco esse quadro, a Microsoft se uniu ao estúdio MistWalker, de Hironobu Sakaguchi, o "pai" de "Final Fantasy", em duas empreitadas: "Lost Odyssey" e "Blue Dragon" - este último, com a colaboração artística de Akira Toriyama, de "Dragon Ball Z" e "Dragon Quest".

O jogo teve duas sequências no portátil Nintendo DS, mas nenhuma com o visual excepecional do primeiro "Blue Dragon". Uma continuação no Xbox One poderia manter os divertidos sistemas de invocação e batalhas por turnos e aprimorar os gráficos do original, quem sabe se aproximando de uma "CG" jogável? Sonhar não custa nada...

7. Conker's Bad Fury Day

Surgiu em: Conker's Bad Fury Day (N64), 2001 | Rare
Visto pela última vez: Conker: Live and Reloaded (Xbox), 2005 | Rare

Mais excêntrico dos mascotes da Rare, "Conker" é um esquilo espevitado e boca-suja. O personagem protagoniza um game que tira sarro de muitos dos conceitos clássicos dos jogos de plataforma - e tem como destaque um dos vilões mais nojentos de todos os tempos, o Great Mighty Poo.

O senso de humor de "Bad Fur Day" estava bem a frente do seu tempo e parece adequado para uma geração de jogadores que cresceu assistindo "South Park" e "Family Guy". Além do que, jogos de plataforma "não tão infantis" certamente são raros hoje em dia. Preencher essa lacuna já faria da volta de "Conker" uma adição bem vinda ao catálogo do Xbox One.

8. Crackdown

Surgiu em: Crackdown (X360), 2007 | Real Time Worlds
Visto pela última vez: Crackdown 2 (X360), 2010 | Ruffian Games

De todas as franquias desta lista, "Crackdown" é a mais provável de já ter um novo game em desenvolvimento. Rumores sobre "Crackdown 3" circulam desde o anúncio do Xbox One, dizem até que de volta aos cuidados da Real Time Worlds.

O game original tinha tudo para ser um grande sucesso: ação em terceira pessoa, mundo aberto, perseguições, super-poderes, veículos incríveis, multiplayer cooperativo... tudo estragado por um segundo jogo, o genérico e desprovido de carisma "Crackdown 2", feito por outro estúdio, sem o carinho e a criatividade do game original.

9. Crimson Skies

Surgiu em: Crimson Skies (PC), 2000 | Zipper Interative
Visto pela última vez: Crimson Skies: High Road to Revenge (Xbox), 2003 | FASA Interactive

A chegada de uma nova geração de consoles é sempre uma boa hora para experimentar novas franquias... ou resgatar jogos que fizeram sucesso no passado. Gêneros que ficaram esquecidos por algum tempo podem muito bem voltar e despertar o interesse de um público que sequer sabia de sua existência. "Crimson Skies", um "shooter arcade" de aviões, se enquadra com perfeição em ambas as categorias.

Ambientada em uma versão alternativa dos anos 1930, "Crimson Skies" já apareceu no PC e teve um excelente game para Xbox, subintitulado "High Road to Revenge" - um caso clássico de 'melhor jogo que ninguém jogou'. Ausente desde 2003, a franquia poderia muito bem conquistar novos fãs no Xbox One.

10. Lost Odyssey

Única aparição: Lost Odyssey (X360), 2007 | MistWalker

Uma das empreitadas da Microsoft no mercado japonês, "Lost Odyssey" é a segunda criação de Hironobu Sakaguchi (de "Final Fantasy") para o Xbox 360. Com um visual mais 'realista' do que "Blue Dragon", o RPG trazia vários elementos típicos do gênero, como o combate por turnos e a ambientação meio fantástica, meio futurista.

A mecânica de anéis que regia as batalhas era bastante inovadora e a narrativa era bem desenvolvida, ainda que sofresse com os grandes textos que narravam sonhos dos personagens. A franquia merece uma segunda chance no Xbox One. O final de "Lost Odyssey" não deixou muito espaço para sequências, mas como o protagonista Kain viveu por mil anos, certamente há histórias não contadas do herói para serem reveladas no Xbox One.

11. MechAssault

Surgiu: MechAssault (Xbox), 2002 | Day 1 Studios
Visto pela última vez: MechAssault 2: Lone Wolf (Xbox), 2004 | Day 1 Studios

Produzido pelo Day 1 Studios, "MechAssault" foi um divertido jogo de arena com robôs gigantes para o primeiro Xbox. Com comandos mais simples do que "Steel Battalion" - que ainda por cima exigia um grande, complexo e caro controle exclusivo - "MechAssault" se passa no universo de Battle Tech, com máquinas de guerra imediatamente reconhecíveis pelos fãs.

Arriscando começar a saturar o cenário de games multiplayer com mechs, a Microsoft poderia explorar a franquia no Xbox One. Com mecânicas bem diretas e completamente online, "MechAssault" pode conquistar no console o nicho de jogos gratuitos que "World of Tanks" domina nos computadores (e começa a explorar no Xbox 360).

12. Viva Piñata

Surgiu em:Viva Piñata (X360), 2006 | Rare
Visto pela última vez: Viva Piñata: Trouble in Paradise (X360), 2008 | Rare

"Viva Piñata" é uma das criações mais geniais da Rare. Com elementos de gerenciamento, minigames e gráficos que exploravam a natureza lúdica das piñatas, a série agrada tanto jogadores 'novinhos' quanto os adultos. Cuidar das piñatas e da ilha envolve muitas atividades cotidianas, bem aos moldes de jogos como "The Sims" e "Animal Crossing" - inclusive no quesito colecionismo.

Curiosamente, "Viva Piñata" foi um jogo voltado para o público casual quando isso nem era moda - e sua última iteração, "Trouble in Paradise" saiu antes da chegada do Kinect ao Xbox 360. Como "Zoo Tycoon" já mostrou, o sensor de gestos e comandos de voz consegue agregar valor ao gênero. E isso, por si só, é motivo para "Viva Piñata" voltar no Xbox One.