Games clássicos dos anos 80 e 90 ganham vida nova em celulares e tablets

Um dos mais clássicos RPG japoneses dos tempos do Super Nintendo, "Final Fantasy VI" é considerado um dos melhores capítulos da saga por seus fãs. O game conta a história de Terra, uma garota meio-humana que consegue usar magia em um mundo que perdeu domínio de tal arte há séculos. Por causa de suas condições, ela passe grande parte de sua vida aprisionada como escrava pelo Império, antes de ser liberada por rebeldes.

Lançado originalmente em 1994, esse épico 'steampunk' ganhou nova vida em dispositivos Android e iOS no início deste ano, que marca seu 20º aniversário. E ele continua sendo uma compra obrigatória para fãs do gênero, pois suas mecânicas, mesmo intocadas, ainda se adequam bem ao que é esperado de um RPG de hoje em dia.

As mudanças que ele sofreu nessa conversão para o formato mobile, aliás, são seus únicos pontos contestáveis. Sua apresentação gráfica, que agora tem alguns elementos em maior definição que a versão original, acaba eliminando um pouco de seu charme old-school de outrora. E sua interface por toque, apesar de confortável e funcional, também não é das mais bonitas.

Mas "Final Fantasy VI" deve ser experimentado, e seu relançamento pode, curiosamente, proporcionar tal experiência para novos públicos. Através de aparelhos que não passavam de objetos da ficção científica na época de sua concepção.

Um dos embriões do gênero que hoje chega às massas através de "Call of Duty" e "Battlefield", "Doom" ajudou a criar várias das convenções que moldaram todos os shooters em primeira pessoa que o sucederam. E hoje ele cabe no bolso.

Todos os aspectos do clássico dos computadores foram recriados nesta nova versão, disponível para aparelhos iOS, desde sua simples porém funcional interface até a possibilidade de ativar diversas trapaças. E curiosamente, a complexidade de seus estágios e o desafio proporcionado pelos inimigos devem servir como choques de realidade para os que estão acostumados com os corredores e galerias de tiroteio dos FPS modernos.

Sim: acostumar-se com os controles na interface por toque pode levar um certo tempo. Mas vale o esforço.

O fato do "Pac-Man" original ainda ser imbatível em seu estilo mesmo 34 anos após seu nascimento não impediu a Namco de pintar a experiência com uma nova camada de tinta. E ainda bem, pois "Championship Edition" é a evolução natural do clássico dos fliperamas em todos os sentidos.

O espetáculo de néon dos cenários serve para dar o tom do game: uma versão frenética, em altíssima velocidade da clássica experiência do 'Come-Come'. Ao invés de apenas completar estágios, o objetivo na "Championship Edition" é maximizar as pontuações, movimentando-se estrategicamente pelos cenários e aumentando o multiplicador de combos engolindo o maior número de frutas e fantasmas possível.

O game não invalida o original que reside nas memórias de gerações, mas sim o completa, servindo tanto para antigos fãs quanto para iniciantes.

De todas as séries dos tempos áureos da SNK, "Metal Slug" é, ao lado de "King of Fighters", uma das que mais fez sucesso no Brasil. E seu terceiro capítulo é considerado de maneira quase unânime o melhor momento da franquia.

Com exceção de uma ou outra mudança em termos de artes conceituais, o "Metal Slug 3" mobile é completamente fiel ao original dos fliperamas. Assim como no caso de "Doom Classic", os controles pela tela sensível ao toque podem cobrar um pouco de perseverança por parte dos jogadores, mas rapidamente deixam de ser obstáculos para a diversão.

Tanto em dispositivos Android quanto iOS, "Metal Slug 3" oferece uma opção de multiplayer cooperativo via conexão Bluetooth, além de uma nova opção batizada de Mission Mode. Através dela, é possível selecionar e aproveitar fases individuais da campanha, sem ter que atravessar todas as que a precedem antes.