Escrava fugitiva estrela "Thralled", jogo de Ouya no Brasil colonial
Do UOL, em São Paulo
13/03/2014 16h39
A escravidão é um tema recorrente nos últimos meses: depois de "Django Livre!" e "12 Anos de Escravidão" nos cinemas e do jogo "Assassin's Creed: Grito de Liberdade" abordarem a questão, é a vez do game "Thralled", exclusivo para o console Ouya, predileto dos produtores independentes.
Enquanto as obras anteriores se passam nos EUA e no Haiti, "Thralled" ("Escravizar", em português) é ambientado no Brasil colonial, em meados do século dezoito e conta a história de Isaura, uma escrava que foge de um canavial em busca de seu filho desaparecido. Durante o jogo, Isaura precisa superar obstáculos reais e também traumas pela perda do filho e pelo passado de escravidão.
A escolha pelo Brasil é influência do diretor criativo Miguel Oliveira, português recém-graduado na Universidade do Sul da Califórnia (SCU), em Los Angeles. Para o diretor, o jogo é uma maneira de abordar o tema entre os jovens. Segundo Oliveira, em Portugal, a escravidão muitas vezes é deixada de fora da grade escolar.
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"Se queremos aprender a não repetir os erros do passado como raça humana, então precisamos nos esforçar para entender o impacto desses erros", disse o diretor ao site britânico Poket Gamer.
VEJA "THRALLED", JOGO SOBRE A ESCRAVIDÃO NO BRASIL
Do iPad para o Ouya
"Thralled" foi pensado originalmente para iPhone e iPad, mas a Ouya entrou em contato com Miguel Oliveira, diretor do jogo, e convenceu o time a levar a aventura de Isaura para o console.
"Kellee Santiago, do Ouya, viu o game no ano passado e nos ofereceu uma oportunidade de completar o desenvolvimento, com um acordo de exclusividade em troca de suporte financeiro", disse o diretor ao site Polygon.
Uma demo de "Thralled" estará disponível para teste na Game Developers Conference, que acontece em San Francisco, nos EUA, na próxima semana. A GDC 2014 terá cobertura in loco de UOL Jogos.