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Testamos: "Child of Light" alia visual maravilhoso com mecânicas atraentes

Victor Ferreira

do Gamehall

03/04/2014 17h27

Embora envolva membros-chave da equipe de "Far Cry 3", "Child of Light" é quase o completo oposto do premiado jogo de tiro, utilizando o motor gráfico de "Rayman Legends" para criar um RPG em turnos com perspectiva 2D e quebra-cabeças envolvendo plataformas.

E após experienciar os primeiros minutos do novo jogo da Ubisoft, UOL Jogos está confiante no padrão de qualidade oferecido por este pequeno projeto com grandes nomes do estúdio.

"Child of Light" conta a história de Aurora, filha de um duque austríaco que adoece e acorda no mundo mágico de Lemuria. Inicialmente procurando escapar para reencontrar seu pai, a garota acaba se envolvendo em uma jornada para restaurar a luz do sol, lua e estrelas, e assim derrotar a maligna Rainha das Trevas.

A estética do jogo é certamente o maior chamativo. Tomando inspiração em pintores do século XIX como John Bauer e Arthur Rackham, a arte de "Child of Light" dá ênfase nas cores e movimento fluído, com detalhe em especial para os cabelos vermelhos, vibrantes e esvoaçantes de Aurora, que flutuam e balançam a cada movimento da jovem.

Como em uma animação clássica da Disney, a música pontua o visual, com o uso de poucos instrumentos durante os momentos de exploração, ganhando força e mais apoio da orquestra durante as batalhas.

TRAILER APRESENTA "CHILD OF LIGHT", RPG DA UBISOFT

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Visual, porém, não é tudo, e por sorte "Child of Light" oferece uma série de elementos de gêneros diferentes, misturando um RPG em turnos ao estilo dos “Final Fantasy” de outrora com jogos de plataforma como “Rayman Legends”.

Combate em turnos

Cada turno é dividido em um período de Espera e Ato. O jogador pode escolher entre um ataque, defesa ou usar itens como poções em Aurora. Todos estas ações são definidos por um medidor de tempo, e ataques muito longos podem ser defendidos, caso o ícone do inimigo entre na janela de Ato.

  • Divulgação

    Todas as falas e diálogos do jogo foram compostas em rima, ajudando ainda mais a dar o tom de conto de fadas ao jogo.

A cada novo nível, o jogo dá mais opções de poderes a Aurora, em uma árvore de habilidades semelhante à encontrada em "Far Cry 3". Como em todo RPG que se preze, as novas habilidades podem ser utilizadas para explorar as fraquezas de certos inimigos, mas com o tempo e magia que os poderes podem consumir, é importante utilizá-las com cuidado.

Também é possível explorar o reino de Lumeria, procurando caminhos secretos que possam oferecer novos itens e bônus diferentes que ajudarão Aurora na aventura. Passagens, por vezes, são bloqueadas de forma que só é possível entrar após ter acesso a poderes diferentes.

O primeiro - e um dos principais - ajudante da jovem é um Vagalume, capaz de cumprir várias funções: Iluminar caminhos escuros, ativar máquinas, capturar esferas de energia - e, durante o combate, cegar oponentes com seu brilho, o que aumenta seu tempo na barra de Espera, habilidade central para vencer os monstros que assolam Lemuria com mais facilidade.

O Vagalume pode ser controlado tanto pelo jogador quanto por um amigo em modo cooperativo.

Aventura poética

Infelizmente, os pouco mais de 20 minutos de experiência com o jogo não nos deu chance de ver alguns dos elementos de "Child of Light", em especial a capacidade de voar e ter outros companheiros de batalha ao lado de Aurora.

"Child of Light" promete uma experiência, no mínimo, visualmente estonteante, com uma série de ambientes e personagem desenhados com maestria e poética. O combate, embora certamente não tão complexo quanto outros RPGs, também tem sua dose de tática e estratégia, e é fácil querer descobrir mais sobre o maravilhoso mundo perdido de Lemuria.

A hora de completar a aventura de Aurora, por sorte, está próxima: O jogo será lançado em 30 de abril para PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One e Wii U, totalmente traduzido para o português, custando R$ 35.