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Com "Resident Evil" em baixa, será que "Evil Within" pode virar referência?

Claudio Prandoni

Do UOL, em São Paulo

22/05/2014 17h59

Em meio a rumores de um inevitável "Resident Evil 7", desponta no horizonte de forma silencionsa, mas consistente, um promissor desafiante à já contestada coroa da série de terror e ação da Capcom.

Mais do que um desafiante, trata-se de um irmão de sangue: "The Evil Within" é o projeto mais recente de Shinji Mikami, "só" um dos principais responsáveis pela criação do primeiro "Resident Evil" e o cabeça da maior revitalização da série, em "RE4".

Apresentado com o codinome "Project Zwei" (que em alemão significa 'dois'), o game que sai em agosto para PlayStation 3, PS4, X360, Xbox One e PC realmente parece simbolizar uma 'segunda investida' forte de Mikami nos jogos de terror.

Enquanto "Resident" trepida tentando achar um equilíbrio saudável entre a tensão e terror que marcou a série e a ação frenética onipresente em qualquer jogo nos últimos anos - em especial depois do estouro de popularidade de "Call of Duty 4: Modern Warfare" -, "Evil Within" chega carregando características tradicionais das obras de Mikami, mas aparentemente disposta a ousar e tentar agradar boa parte das pessoas.

De fato, "Evil Within" parece uma verdadeira evolução para a fórmula de "Resident Evil 4" - que, vamos combinar, Mikami já ensaiou no divertido "Shadows of the Damned", em parceria com Goichi Suda e Akira Yamaoka.

O esquema de jogo é o mesmo, com visão por cima do ombro, cenas de muita ação e tensão, com grandes grupos de inimigos atacando em lugares miudinhos ou monstros gigantescos no seu encalço.

Ainda assim, "Evil Within" não abre mão de momentos de terror mais psicológico e 'sustos de raíz', por assim dizer. Ou seja, espere por monstros bisonhos que aparecem do nada, brotando do chão mesmo, e cenas nonsense, como o mar de sangue (ou não) que aparece atacando o protagonista em um dos trailers.

Dentre os diferenciais mais visíveis logo de cara, dá pra ver que escala é uma das prioridades. Seja na imensidão dos cenários, seja na grande quantidade de detalhes.

INSPIRAÇÕES

  • Divulgação

    Além de "Resident Evil", o novato "The Evil Within" parece pegar emprestado elementos de "Silent Hill", apostando em ambientes sinistros sujos, monstros perturbadores e elementos sobrenaturais na história.

A favor da narrativa, pesa também o fato de ser um jogo unicamente single player, uma pessoa e nada mais. Sem modos cooperativos ou modos multiplayer que podem acabar inchando a experiência e diluindo o foco dos desenvolvedores.

Em contrapartida, uma potencial preocupação é o excessivo silêncio da produtora Tango. "The Evil Within" é seu primeiro jogo e foi anunciado há pouco mais de dois anos, o que sugere que ele está em produção há um pouco mais de tempo do que isso.

Salvo um punhado de trailers e raras aparições jogáveis (nem sempre bem recebidas pela crítica internacional), "Evil Within" tem sido mantido bem escondido, considerando o tamanho que se sugere do projeto e toda a expectativa em torno dele.

De qualquer maneira, o lançamento é iminente e a E3 deve chegar com versões praticamente finais do game, que certamente ajudarão a consolidar "Evil Within" como um rival à altura do legado de "Resident Evil" ou não. O que você aposta?

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