Topo

PAX: "Bloodborne" é acessível sem abrir mão da dificuldade; testamos

Claudio Prandoni

Do UOL, em Seattle*

01/09/2014 13h01

Lá na E3 o produtor Hidetaka Miyazaki, criador da série "Souls", prometeu ao UOL Jogos que "Bloodborne" iria expandir e retrabalhar algumas ideias e foi exatamente isso que pudemos comprovar ao jogar o game na PAX.

O jogo exclusivo de PlayStation 4 não abre mão de complexidade ou dificuldade, mas promove mudanças e novidades que o tornam mais atraente e fácil de começar a jogar.

Em resumo, trata-se de um RPG de ação que favorece e incentiva ataque e mobilidade. "Bloodborne" dispensa escudos como os da série "Souls", mas traz um herói ágil e versátil, capaz de esquivar com rapidez.

Além disso, as armas são destaque: toda classe possui uma arma de fogo na mão esquerda e uma arma de ataque físico (como um machado) capaz de se transformar.

Por fim, o game ainda introduz um sistema em que você é capaz de recuperar energia ao revidar logo em seguida ao ataque do inimigo. Acaba sendo uma espéce de aposta: ou você calcula bem, acerta e recupera sua vida... ou então leva ainda mais dano do próximo ataque adversário!

VEJA DEMONSTRAÇÃO DE "BLOODBORNE" DA GAMESCOM

  •  

Eterna dificuldade

Mesmo com a enxurrada de novidades nos controles, "Bloodborne" honra o legado cruel e impiedoso da série "Souls".

Monstros podem detonar você com apenas alguns golpes. Partes do cenário escondem armadilhas ou inimigos fazendo emboscadas.

Isso quando você não encontra um grupo com vários adversários de uma vez ou um monstrão gigante com o dobro do seu tamanho.

O visual agrada bastante, com detalhes rebuscados no cenário que remete à Inglaterra vitoriana, manchas de sangue na roupa do protagonista, efeitos de luz convincentes e outras minúcias, como os pedaços de pano e pelugem que balançam no corpo do chefão da demonstração.

Ainda pairam no ar dúvidas sobre modo online, uso de magia e mesmo se haverá algum tipo de mecânica diferente ao morrer, como em jogos da série "Souls". Indefinida também é a data de lançamento, por ora prevista para um vago "começo de 2015" - no Japão, já é confirmada a data de 5 de fevereiro do ano que vem.

Porém, fica a certeza de que se trata de um herdeiro mais do que digno dos jogos anteriores. Belíssima promessa para a biblioteca de exclusivos do PS4.

* O jornalista viajou a convite da Riot