Jogamos: "Drawn to Death" é esboço de shooter irreverente para PS4
O ano de 2014 marcou o retorno dos jogos de tiro em arena, gênero bastante popular uns 15 anos atrás e que foi obscurecido pelos shooters militares. Desde a chegada de “Titanfall”, esse tipo de game voltou à moda e hoje toda publisher que se preza tem um “arena shooter” em produção.
A Sony aproveitou o PlayStation Experience para revelar o seu: “Drawn to Death”, jogo para PS4 criado por David Jaffe, a mente por trás de “Twisted Metal” e “God of War”.
Produzido pelo novo estúdio de Jaffe, The Bartlet Jones Supernatural Detective Agency, o jogo busca se destacar pela temática: as batalhas ultraviolentas se passam nas páginas do caderno escolar de um adolescente.
UOL Jogos teve a oportunidade de jogar uma partida de “Drawn to Death” no PS Experience. O game está ainda em estágio bastante inicial de desenvolvimento, e é, com o perdão do trocadilho, um esboço bastante promissor para um jogo de tiro online.
Quatro jogadores se enfrentam em uma modalidade “cada um por si”. Cada jogador controlava um personagem bem diferente dos demais. Eu lutava no controle de Diabla Tijuana, uma demônio elegante que usava um chapéu-serra, um chicote e metralhadoras para lidar com os inimigos - que incluíam o punk Johnny Savage, o ursinho de pelúcia assassino Alan e outras figuras típicas do imaginário de um jovem fã de heavy metal.
Fantasia adolescente
O mapa era pequeno e funcionou bem: você não demorava para encontrar outros jogadores e trocar tiros, mas haviam vários ambientes que facilitavam a fuga, além de áreas que permitiam diferentes estratégias - como o abatedouro, onde você pode jogar um adversário numa esteira com membros humanos sendo transformados em carne moída por serras implacáveis.
Como era de se esperar, o mapa tem vários níveis, com telhados, chaminés e outros atalhos para o alto, acrescentando uma camada de estratégia vertical ao tiroteio - e movimentos especiais para explorar e dominar todo o mapa.
O cenário é bem desenhado, com prédios, ruínas, fogo e pessoas em pedaços. O céu, em alguns momentos, se torna uma página com uma lição de Geografia. É um cenário curioso e com uma direção artística única e juvenil. Fica a dúvida se o público conseguirá jogar por muito tempo em várias arenas em preto e branco (azul e branco, para ser mais exato).
ASSISTA AO PRIMEIRO TRAILER DE "DRAWN TO DEATH"
Embora a mira fosse um tanto imprecisa, principalmente na hora de usar um dos ataques especiais, “Drawn to Death” se mostrou bastante divertido, mesmo em um estágio inicial de produção. Entender o funcionamento do personagem leva tempo e não é fácil compreender como tudo funciona com balas vindo de todas as direções. Ficar parado em “Drawn to Death” é garantia de morte prematura.
A morte no jogo tem uma série de conseqüências: você perde a progressão do personagem no placar - medida por mortes com armas específicas de cada personagem ou quantos inimigos você derruba antes de morrer.
Outra conseqüência é que você volta para o jogo, no ponto do mapa em que quiser. O personagem é arremessado do céu e cai sobre a arena. A descida leva um tempo para ser concluída, conforme a barra de vida é recarregada - mas é possível descer de uma só vez, pressionando o X antes da barra estar completa. Você pega alguns rivais desprevenidos, mas também corre o risco de morrer de novo mais rápido.
Criatividade
“Drawn to Death” ainda tem um longo caminho pela frente e vai precisar de toda a criatividade dos desenvolvedores para competir em mercado que já nasce (ou ressucita) cheio de boas idéias.
O título é exclusivo para PlayStation 4 e terá um primeiro período de testes em breve. Os jogadores podem se inscrever para tentar entrar no teste visitando o site oficial do game.
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