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Veja 5 tendências que vão revolucionar os games nos próximos anos

Théo Azevedo

Do UOL, em San Francisco

05/03/2015 16h10

De 2 a 6 de março, nos Estados Unidos, a GDC (Game Developers Conference) reúne milhares de desenvolvedores de jogos do mundo todo para uma série de palestras, eventos de networking e um pavilhão de exposições com algumas das principais empresas do mercado.

É uma combinação que, há anos, costuma antecipar tendências para a indústria como um todo.

Este ano, o evento que acontece em San Francisco está especialmente prolífico. Andar pelos corredores do centro de convenções Moscone ajuda a ter uma noção clara do que vai ser notícia nos próximos meses.

Separamos cinco das principais tendências da GDC 2015:

1 - Realidade virtual
Você vai ter um desses em casa - e não vai demorar. Quando empresas como Facebook, dona da Oculus VR (Rift), Sony (Morpheus), Microsoft (HoloLens) e Valve (HTC Vive), investem pesado em um segmento, é bem provável que não se trate de um negócio de nicho ou de uma moda passageira.

No momento, os óculos de realidade virtual são o centro das atenções da indústria de games, e devem começar a chegar às prateleiras a partir do final do ano. Aliás, o uso destes dispositivos vai transcender o entretenimento, pois há potencial também no tratamento de fobias, educação, turismo etc. A maior dúvida, no entanto, é em relação ao preço, já que nenhum dos óculos possui ainda um valor definido para o consumidor.

2 - Os indies são os astros
Criados por pequenos times ou apenas uma só pessoa, e sem o apoio financeiro de publishers, os jogos independentes, com ajuda da distribuição digital, se tornaram referência em termos de inovação e criatividade.

Com uma certa dose de ironia, gigantes do setor, como Sony e Microsoft, agora estendem o tapete vermelho aos indies, que nunca foram tão relevantes. E essas empresas não estão fazendo isso apenas porque "pega bem": pode haver uma mina de ouro escondida entre esses jovens brilhantes - lembre-se que "Minecraft", comprado pela Microsoft por US$ 2,5 bilhões, nasceu como um indie.

3 - Tudo (quase) de graça para o desenvolvedor
As chamadas "engines", tecnologias usadas no desenvolvimento de jogos, nunca foram tão acessíveis aos produtores. A Unreal Engine 4, provavelmente o software mais avançado para criação de games, foi liberada pela Epic de graça - o produtor, no entanto, se compromete a dar 5% do lucro do jogo à empresa.

Já a Valve anunciou a Source 2, nova versão do motor que está por trás de jogos como "Counter-Strike: Source" e "Portal 2". E adivinhe só? Sim, também na faixa para os interessados em utilizá-la. Por fim, a Unity 5, da Unity, vai possuir uma edição gratuita para desenvolvedores que lucrem abaixo de US$ 100 mil. Melhor ainda para os indies citados mais acima.

SONY E MS BUSCAM JOGOS INDIES, COMO "SHOVEL KNIGHT"

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4 - Jogando via streaming
Atualmente em fase de testes nos EUA, o PlayStation Now está se posicionando como um "Netflix dos games", ou seja, uma forma de jogar via streaming, sem a necessidade de possuir um console ou mesmo o jogo instalado no HD. E a GDC viu surgir outras novidades neste segmento, como o Steam Link, da Valve, um set-top-box que, por US$ 50, vai permitir fazer streaming do computador direto para o conforto de sua TV.

A Nvidia, por sua vez, anunciou o Shield, um aparelho de US$ 199 que promete fazer streaming dos principais lançamentos do mercado. Neste caso, o sinal de alerta para os brasileiros é a exigência de uma conexão robusta à internet, caso contrário o serviço vai sofrer com lags, quedas de performance etc.

5 - PC ou console? Ambos!
Novembro. Este será o mês de lançamento das Steam Machines, que são uma espécie de híbridos entre PC e videogame. Os equipamentos serão fabricados por 14 empresas diferentes e por valores a partir de US$ 300, ou seja, muito em linha com o preço de um console.

A promessa da Valve, idealizadora do conceito, é uma performance superior à dos videogames e ainda a possibilidade de fazer upgrades nas máquinas - algo que Xbox ou PlayStation não conseguem fazer. A Valve até desenvolveu um controle específico para as Steam Machines, cuja promessa é replicar a combinação mouse e teclado. Já pensou jogar "League of Legends" ou "StarCraft II" na TV da sala?