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Jogamos: "Godzilla" agrada pela nostalgia, mas tem preço injustificável

Victor Ferreira

do UOL, em Las Vegas*

15/04/2015 20h15

Após anos de hibernação, "Godzilla" finalmente retorna o Rei dos Monstros ao mundo dos games para espancar outras criaturas gigantes (destruindo boa parte da cidade no processo), desta vez no PS3 e PS4 pelas mãos da Bandai Namco Entertainment.

A premissa do jogo é bem simples: Controlando Godzilla (ou algum dos outros monstros de seu elenco), o jogador deve tocar o terror em Tóquio, destruindo o máximo de estruturas possível, até batalhar contra inimigos clássicos dos filmes, como Rei Ghidorah e Mothra.

Esta destruição desenfreada tem um objetivo extra, já que com prédios destruídos e monstros derrotados Godzilla absorve a chamada "G-Energy", que faz com que o kaiju cresça de tamanho e se torne ainda mais forte.

Como em outros jogos da franquia, o principal apelo do novo "Godzilla" está justamente na nostalgia e fanservice dentro do título, e a Bandai Namco procurou capitalizar nisso. O jogo traz uma série de personagens e variações das diferentes eras do ícone cinematográfico, incluindo até alguns mais obscuros, como o robô Jet Jaguar e SpaceGodzilla - embora, aparentemente, sem algumas criaturas populares, como Rodan e Anguirus.

Além disso, é possível criar batalhas entre três monstros diferentes, sendo possível recriar batalhas clássicas até elaborar embates novos, sendo possível até mudar ângulos da câmera para dar uma sensação ainda mais cinematográfica. 

Esta busca pela nostalgia ao jogador também até se reflete na jogabilidade, com a movimentação e ataques dos monstros recriado a sensação de que você está controlando um cara fantasiado (mesmo que isso crie algumas decisões esquisitas, como usar os botões laterais para mudar seu eixo).

60 dólares?!

Embora tenha seu apelo e possa divertir por algumas horas, é difícil recomendar o game, mesmo para grandes fãs do mundo de Godzilla, pelo preço extremamente caro em ambas as versões - US$ 60 para o PS4, e US$ 40 no PS3, que é exclusivamente digital.

Em termos técnicos, o novo "Godzilla" não traz nada de especial. Embora mantenha uma taxa de quadros estável, os gráficos são pobres, e foi possível perceber erros de colisão de objetos na build testada.

A jogabilidade diverte, mas é difícil imaginar que prenda a atenção por muito tempo. O maior diferencial entre o PS3 e PS4 é um modo multiplayer em que um jogador tem como objetivo proteger a humanidade, enquanto o adversário deve destruir tudo na sua frente. É um bom conceito, mas também é difícil saber se vai interessar por mais de algumas horas.

Se "Godzilla" fosse um jogo na faixa dos US$ 15 a US$ 20, ainda seria possível recomendá-lo a fãs que não tenham muito o que jogar no momento. Do jeito que está sendo cobrado, porém, é mais fácil esperar por uma boa promoção - ou, quem sabe, uma oferta gratuita no PlayStation Plus.

"Godzilla" será lançado em 14 de julho para PS3 e PS4.

*O jornalista viajou a convite da Bandai Namco