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Jogamos: "Battleborn" aposta em mistura única de RPG, shooter e MOBA

"Battleborn" traz diversidade de heróis e mistura de tiroteio com MOBA para brilhar - Divulgação
"Battleborn" traz diversidade de heróis e mistura de tiroteio com MOBA para brilhar Imagem: Divulgação

Théo Azevedo

Do UOL, em Los Angeles

12/06/2015 09h00

“Battleborn” é o novo projeto da Gearbox Software, uma produtora com um currículo um tanto oscilante, da bem-sucedida série “Borderlands” a “Alien: Colonial Marines”, um jogo que todos preferiam esquecer.

Com versões para PC, PlayStation 4 e Xbox One, “Battleborn” é basicamente um shooter com elementos de RPG, mas também pitadas de MOBA, co-op, super-heróis etc. Parece muita coisa para um game só, mas UOL Jogos teve a chance de testar “Battleborn” em um evento pré-E3 e esse caldeirão de ideias, que parece estar em algum lugar entre a personalidade marcante de “Borderlands” e os embates heroicos do vindouro “Overwatch”, da Blizzard, mostrou potencial.

Mão na massa

O jogo se passa num futuro distante, em que sistemas solares de todo o universo se deparam com a exaustão de recursos naturais, e as espécies que restaram se veem obrigadas a fugir para Solus, basicamente o único lugar que restou. Ali os sobreviventes se subdividiram em cinco facções, conforme os ideais de cada uma delas.

Porém, eventualmente fica claro que uma raça conhecidas como Varelsi, composta por criaturas que não são deste universo, é a culpada pela destruição dos recursos naturais. As facções, então, reúnem seus principais heróis e enviam-nos para salvar Solus do apocalipse total.

A missão mostrada pela 2K Games, que vai distribuir o jogo, chama-se To the Edge of the Void, e faz parte do modo Story Missions, em que até cinco pessoas jogam na mesma equipe – é possível jogar sozinho também. Há vários objetivos, revelados gradualmente, a começar por encontrar um jeito de entrar em um depósito de suprimentos e depois assegurar uma área de pouso até a chegada de um robô gigante em forma de lobo. Este, por sua vez, deve ser escoltado e protegido até, enfim, destruir o núcleo de força do dos Varelsi.

A partida durou cerca de meia hora que, claro, envolveu dizimar ondas de alienígenas e, ao final, um chefão. A chave é a cooperação entre os participantes do time, uma vez que os 25 personagens do jogo são muito variados, com forças e fraquezas distintas. Phoebe, por exemplo, é um espadachim, boa para combates corpo-a-corpo, enquanto Marquis é o sniper e Caldarius um mech, com grande resistência e poder de fogo.

Ao longo da partida os personagens evoluem e, no 5º nível, a habilidade Ultimate fica disponível - a de Phoebe, por exemplo, chama-se Blade Cascada e aciona uma chuva de espadas que causa um grande dano em uma área abrangente do mapa; já o Ultimate de Marquis, Bindleblast, é um tiro poderoso e fatal.

“Battleborn” terá ainda multiplayer com 5 versus 5, nas modalidade Incursion, com elementos de MOBA, cujo objetivo é defender a base de ondas de inimigos, usando também seus próprios “minions” para destruir a base adversária; Devastation, um deathmatch típico em que é preciso capturar e manter controle de certos pontos do mapa; e Meltdown, em que a equipe deve proteger seus minions enquanto estes marcham em direção a um incinerador no centro do mapa.

De acordo com a Gearbox, os pontos de experiência acumulados nos diferentes modos de jogo podem ser gastos em um sistema de progressão persistente. Inclusive, dá pra jogar as missões single-player diversas vezes para ganhar mais itens e pontos.

O XP serve não só para melhorar o personagem, que vai até o nível 10, liberando diferentes habilidades e skins, mas também para aperfeiçoar o perfil do jogador, destravando badges, opções de customização e por aí vai.

“Battleborn” será lançado em algum momento entre o final do ano e o início de 2016. A E3, que começa na semana que vem, deve mostrar mais do jogo, especialmente do multiplayer, e aí será possível ter uma visão mais clara sobre o jogo e como este incorpora elementos de MOBA ao mix de shooter e RPG.