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E3: "Star Wars Battlefront" empolga com partidas rápidas e visual de cinema

Pablo Raphael

Do UOL, em Los Angeles

18/06/2015 15h41

O jogo de tiro “Star Wars: Battlefront” é, disparado, a melhor oferta da Electronic Arts em 2015. O game da produtora DICE traz batalhas multiplayer para PC, PS4 e Xbox One e, mesmo sem um roteiro linear, transmite a emoção de fazer parte de uma aventura de “Guerra nas Estrelas”.

Foi essa a sensação que ficou após UOL Jogos jogar uma partida no modo Missions, a modalidade cooperativa de “Star Wars: Battlefront”, mais exatamente em uma missão de sobrevivência em Tatooine, planeta deserto que é casa de Luke Skywalker em "Uma Nova Esperança".

Nessa modalidade, dois jogadores (em multiplayer online ou local em tela dividida) lutam contra ondas de inimigos. No caso, éramos dois soldados da Aliança Rebelde lutando contra os infames Stormtroopers e suas variações mais poderosas no terreno rochoso e acidentado do planeta.

No teste, foram 6 ondas de inimigos em dificuldade crescente, mas, segundo a DICE, na versão final de “Battlefront" serão 15 ondas de adversários para enfrentar. Também foi dito que o game terá missões cooperativas em todos os planetas disponíveis no multiplayer tradicional, bem como diferentes níveis de dificuldade e outros tipos de missão.

Escolhas, escolhas...

A partida começa com o ataque de um pequeno grupo de Stormtroopers, mas em poucas ondas já deixa o tiroteio tradicional para trás e passa a exigir muita movimentaçãoo vertical pelo cenário, com inimigos que usam jetpacks, veículos pesados e atiradores sniper no meio das rochas.

Entre uma onda e outra, caem cápsulas do espaço que podem ser recuperadas pelos jogadores. São como pontos estratégicos e é preciso guardar o objetivo por um determinado tempo (geralmente encarando o começo da próxima onda bem ali). O esforço vale a pena, pois a cápsula libera alguns itens especiais, como lança-foguetes, por exemplo.

Pegar o item e usar no mesmo instante é o primeiro impulso de muitos jogadores, mas algumas rodadas de “Battlefront" ensinam que é melhor deixar os bônus se acumularem e usar quando necessário, como para derrubar um blindado AT-ST, por exemplo.

Outra escolha frequente mas que nunca deixa de ser meio tensa acontece quando um dos jogadores morre durante uma rodada. No modo cooperativo, os dois jogadores compartilham as vidas - são poucas, três no teste de UOL Jogos. Se você morre, pode gastar uma e retornar ao jogo instantaneamente, ou pode confiar na habilidade do parceiro e esperar que ele elimine o que resta da onda sozinho. Ao fim da rodada, o jogador morto retorna sem gastar uma das valiosas vidas extras. Mas se nisso o seu colega morrer também, já era, fim de jogo.

É como nos filmes

Quando foi anunciado, o novo "Battlefront” foi criticado por alguns como sendo um “Battlefield" com trajes e veículos da saga “Star Wars”.  Após jogar o game, fica a impressão de que o sonho da série “Battlefield" é oferecer um jogo tão redondo e empolgante quanto este.

“Star Wars: Battlefront” reproduz com fidelidade diversas unidades, armas, paisagens, veículos e personagens criados por George Lucas. Mais ainda, coloca o jogador no controle de um destes personagens e não importa se você prefere jogar em primeira ou em terceira pessoa. De qualquer maneira, é importante saber um fato: em algum momento da partida você vai se sentir dentro dos filmes.

Mérito de “Star Wars”, que mexe facilmente com o imaginário de fãs de todas as idades? Ou da DICE, que alia o esmero técnico em reproduzir o material dos longa-metragens para o jogo com a habilidade para criar um multiplayer divertido e envolvente, daqueles que rendem momentos épicos para os jogadores, mesmo sem um script para seguir?

Mais provavelmente, mérito de ambos, em uma união que tem tudo para dar certo quando o jogo chegar ao PC e aos consoles PS4 e Xbox One no dia 17 de novembro.